quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Entrevista; Tuomas Holopainen, do Nightwish, à Folha de São Paulo

Como está o clima da banda após a saída de Anette Olson Olzon?   O clima da banda está muito, muito legal até agora. Nossa vocalista atual, Floor Jansen (ReVamp, ex-After Forever) tem feito um excelente trabalho nos shows. Ela foi chamada em cima da hora e teve apenas dois dias para aprender todas as músicas e se saiu muito bem. Os fãs reagiram bem com ela nos shows e tem melhorado em cada uma das apresentações.


Por quê vocês decidiram pela saída de Anette Olson Olzon?Bem, toda essa história aconteceu porque todos entraram em comum acordo, tanto a banda como os empresários. Por causa disso e por tudo estar com o jurídico do Nightiwish não posso mais comentar sobre nada do assunto.
Quando e por quê escolheram Floor Jansen para finalizar a turnê?
Nós queríamos algo que fosse rápido e com qualidade já que tínhamos vários shows marcados. Conheço Floor Jansen há muito tempo, até mesmo fizemos uma turnê com o After Forever, sua antiga banda, em 2002, e na época gostei muito dela. Após a saída de Anette, liguei para ela e perguntei se estava apta para os shows. Ela disse que sim e começamos os ensaios em seguida.
Você acredita que ela vai continuar na banda após a turnê ou pretendem procurar por outra pessoa?
Primeiro vamos finalizar todos os shows com a Floor Jansen. Em seguida entraremos de férias e depois de tudo pensaremos no que vai acontecer com a banda. Não gosto de pensar muito no futuro, apenas no presente. Acho importante estar focado no agora, mas nunca se sabe o que pode acontecer.
O Nightwish acaba de lançar um filme, 'Imaginaerum', que tem a banda e sua música, além de história como focos principais. Como é tudo isso pra você?
Tudo isso tem sido muito interessante. Alguns dias atrás fizemos um show para o lançamento do filme em Londres e foi muito legal. Finalmente conseguimos construir algo que sempre foi meu sonho. Nossa música sempre foi relacionada com trilhas sonoras de filme e ter um só nosso é sonho realizado.
De quais trilhas sonoras você mais gosta?
John Williams, que compôs trilhas de sonoras de filmes como "Parque dos Dinossauros", "Tubarão" e "A Lista de Schindler", todos de Steven Spielberg. Poderia citar milhares de compositores, foi o que sempre escutei quando era criança e até hoje em dia.
Mudando um pouco de assunto, o Brasil sempre recebeu muito bem o Nightwish. Que memórias você tem de nosso país?
Somente boas e excelentes memórias eu tenho do Brasil. Lembro da primeira vez que fomos ao país e os fãs ficavam gritando o tempo todo, era incrível ver a reação de todos. Eles iam ao aeroporto, gritavam nossos nomes, esperavam e faziam filas nas casas de shows. Não existe outro país no mundo com tanta paixão pela nossa música como o Brasil. Todo mundo me pergunta como é tocar no Brasil, mas eu sempre digo que a paixão e a maneira divertida como vocês levam a vida que é o mais interessante. Aqui na Escandinávia somos muito fechados e sempre quando vamos para a América do Sul, aprendemos muito novas maneiras de se viver e compartilhar.
Quando você compõe, o que pensa primeiro. Nas letras ou na música?
Eu não penso em nenhuma das opções primeiro, apenas deixo fluir na composição. Eu começo a compor em meu teclado e a música começa a aparecer de maneira intuitiva. Mas quando escrevo as letras, por exemplo, preciso de um tema para seguir e escrever.
Você tem alguma ideia de como será o próximo disco do Nightwish?
Nós já chegamos a discutir isso em reuniões da banda, mas eu nunca penso se tal música será mais pesada, épica ou se será algo acústico. Acho que tudo deve sair naturalmente e se for muito diferente do que já fizemos, mas do nosso gosto pessoal é claro que vamos adorar fazer.
Como a música "Slow, Love, Slow" que tem uma levada meio jazz?
No caso de "Slow, Love, Slow", foi uma música bem diferente do que já fizemos. Eu sempre gostei de jazz e acho que foi um desafio para a banda colocar essa influência nessa música. Ela é maravilhosa e muito divertida de se apresentar ao vivo.
Quando entra no estúdio para gravar com uma orquestra, você pensa nela tocando ao vivo ou primeiro cria tudo em seu teclado de uma forma como se a orquestra estivesse sendo emulada no seu instrumento?
A orquestra é como se fosse uma extensão dos meus teclados. Nem que eu tivesse 10 mãos conseguiria tocar como uma orquestra. Portanto, adoro criar melodias e temas que se pareçam com a orquestra e depois no estúdio tocar junto com uma orquestra completa.
O que você espera do show de São Paulo? Você sabe que ele vai acontecer em uma data cabalística, no dia 12/12/12?
Claro! É mesmo, ainda tem o assunto dos maias (risos). A história do fim do mundo... Espero que não acabe nesse dia (risos). Não gosto muito de deixar as mensagens padrões que todo artista dá, mas queria convidar nossos fãs para o show e que prestigiem a banda em todos os momentos.


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Veja também:
Biografia de Nightwish
Floor Jansen fala de seus últimos shows com o Nightwish
Nightwish anuncia a saída de Anette Olzon
Turnê do Nightwish no Brasil (2012)
Vídeo: Storytime
Vídeo: Waiting Imaginaerium
Demo de Anette Olzon

Cifras:
The Islander
Slow, Love, Slow
Ever Dream (Acustico)
Amaranth

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