sábado, 1 de dezembro de 2012

Blondie e Debbie Harry

Período: 1974 a 1982 - Retorno 1997 e 1998 até o momento.

Formação Atual : Debbie Harry(vocal), Chris Stein(guitarra), Jimmy Destri(teclado) e Clen Burke(bateria)

Ex-integrantes : Gary Valentine (baixo)(1974-77) e (1997), Nigel Harrison (baixo)(1977-82) e Frank Infante (guitarra)(1977-82)


É difícil contar a história desta banda, se não levarmos em conta a história de Debbie Harry, a blondie (loirinha) da estória(apesar dela não ser loira de verdade, mas tingida, como a maioria, é claro). Tudo girou e gira em torno dela. Uma lenda dos anos 70, como Marilyn Morroe foi nos anos 60 e Madonna nos anos 80.

Nasce uma estrela

Deborah Ann Harry, nasceu em 1 de Julho de 1945, em Miami, Florida. Foi adotada aos 3 meses de idade pelo casal Harry, de New Jersey, onde passou a morar e crescer. Ela nunca soube quem foram seus pais verdadeiros.

Desde criança, sempre soube que seria ser cantora, e praticava seus cantos, ouvindo o rádio de casa e cantando no coral da Igreja onde seus pais freqüentavam. Mas Debbie sempre foi uma menina levada, odiava estudar, ela gostava na adolescência de ouvir Rock ´n´ Roll. Abandonou o colégio, para ir conquistar seu lugar ao Sol em Nova York, pois ela estava decidida a ser artista de qualquer jeito. O começo foi duro para a garota. Trabalhou em um supermercado e depois como secretária na BBC. Artistas como "The Doors", "Lou Reed" e "Velvet Underground" deixaram uma forte impressão em Debbie. Entre 1968 a 1969, ela trabalhou como garçonete no Max's Kansas City, onde serviu os "The Jefferson Airplane", no jantar antes do show de Woodstook. Tornou-se tambem, amiga de Andy Warhol, famoso artista underground nova-iorquino.

Seu primeiro trabalho como cantora, foi o backvocal da banda folk "The Wind in the Willows" em 1968. Ela também fez alguns bicos como modelo, quando aceitou ser uma "Playboy´s Bunny"(Debbie ainda conservava a cor morena natural dos seus cabelos) por um tempo, enquanto não aparecia novas oportunidades. No inicio dos anos 70, entrou para um grupo teatral nova-iorquino, "The Stilettoes", que misturava elementos musicais, com teatrais e dança. Ficou loira. Foi mais ou menos nesta época, que ela conheceria seu parceiro de quase toda vida, Chris Stein. O Stilettoes, passaram a tocar, no berço do movimento Punk, o bar CBGB's, ("Country, Bluegrass and Blues"). O grupo logo não durou muito, pois cada integrante, tinha sua própria visão e cada um foi para seu lado.

Nasce o Blondie
Debbie e Chris, agora namorados, então decidiram criar sua própria banda, com alguns Ex-integrantes do Stilettoes. Tiveram outros nomes como "Angel and the Snake" e "Blondie and the Banzi Babes", até que finalmente optaram apenas por Blondie, ainda quando estavam tocando no CBGB´s. Após perder o baterista, que saiu para se tornar médico, a banda logo contou com as bateras de Clem Burke, que já tocava bateria desde criança, pois seu pai também tinha sido baterista. Debbie e Chris encontraram o baterista perfeito. Nesta época, Fred Smith, um dos membros do grupo, deste os tempos do Stilettoes, deixou a banda, para se juntar ao Television. Desconfiados que havia um complô contra o grupo no CBGB´s, a banda quase pensou em acabar ali mesmo, antes de começar.

Incentivados pelo baterista Clem, convidaram o baixista Gary Valentine a se juntar ao grupo. Junto com Debbie, Valentine, escreveu "X-Offender", e o grupo passou a tocar no palco do CBGB´s revezando junto com outras bandas como "Talking Heads", "Ramones" e "Television", só para citar as mais famosas. Para acrescentar um pouco mais de Pop, na musica já Punk da cena do CBGB´s, eles passaram a contar com os teclados de Jimmy Desntri. Pronto, estava formada, a primeira formação do Blondie para o sucesso. Pouco depois da entrada de Denstri, o grupo foi impedido de tocar no bar, por causa de uma discussão entre Valentine e o gerente do CBGB´s.


O grupo passou então a tocar em outros bares, como o Brandy's e o Monty Python's, onde ganharam mais sucesso e refinaram o som. A banda passou a produzir alguns demos, com a ajuda de editores de revistas da nova cena punk . Em 1975, depois de uma viajem a Inglaterra, o baterista Clem Burke, retorna influenciado pelo som da banda "Dr. Feelgood", e resolvem que a direção que o Blondie deveria seguir era esta, a chamada New Wave. A banda conseguiu um contrato para produção de 2 singles, "X-Offender" e "In the Flesh". Apesar de não se tornar um sucesso, eles conseguiram um contrato para um álbum, com a companhia "Private Stock". Após trabalharem duro, o álbum finalmente saiu em Janeiro de 1977, com o título homônimo de "Blondie".

A banda logo arrumou um produtor, que decidiu levar o Blondie para Los Angeles. Eles tocaram no bar "Wiskeys" ao lado dos Ramones por uma semana, e foram um sucesso. Surgiu, Mike Chapman, que viu alguns destes shows, e ficou interessado em produzir o grupo(que iria ocorrer em um futuro próximo). David Bowie e Iggy Pop, após escutar o álbum do grupo, decidiram contatar a banda para abrir seus shows. O Blondie seguiu em sua primeira turné, abrindo os show de Iggy Pop. Foram 6 shows, entre os Estados Unidos e Canada. Debbie disse que aprendeu muito com Bowie e Pop, sobre performance, tanto artisticamente como tambem no estilo. O grupo voltou para New York, onde começou a receber elogios da critica. A banda então começou a juntar material para seu segundo álbum, enquanto tocava novamente no CBGB's e Max's.

Em maio de 1977, a banda embarcou para sua primeira turné na Inglaterra. Tocando junto com o "Televison", a banda logo passou a chamar a atenção da critica inglesa e elogios do publico. Tudo caminhava para uma turné bem sucedida. A banda tocou em varias partes do Reino Unido como Londres e Glasgow. Infelizmente, o relacionamento entre o baixista Gary Valentine e os outros membros da banda, começou a azedar durante esta turné. Felizmente, por causa da turné inglesa, o Blondie ganhou na Inglaterra, uma legião nova de fãs, maior até que a americana. A Inglaterra, passou a ser a Segunda casa da banda.

Plastic Letters
Após a bem sucedida turné, o Blondie voltou para os States, para gravar um novo álbum. O relacionamento entre Valentine e o Blondie, começou a ficar mais tenso. Ele prometeu deixar a banda após a turné inglesa, mas decidiu entrar no estúdio junto com a banda para mais um disco. Infelizmente, logo no começo dos trabalhos, Valentine, se opôs a versão da musica "Denis", que Debbie queria. Segundo ele, ela feria os princípios punks da banda. Como não se chegou a um acordo sobre isto, o produtor , resolveu sacar Valentine fora do Blondie. Logo, o baixista Frank Infante, assumiu o lugar de Valentine, e o disco finalmente pode ser finalizado. Infelizmente, a idéia inicial de se fazer um álbum duplo, foi descartada , para desespero da banda, pela Private Stock Records, tornando o relacionamento entre a banda e a produtora pior do que já estava. Assim, várias faixas foram cortadas da edição final. O produtor do Blondie, resolveu quebrar o contrato com a Private Stock e assinar com a Chrysalis Record, que era uma companhia com melhor qualidade e maior distribuição. Infelizmente, a quebra de contrato com a antiga produtora, custou um pouco pesado para os bolsos da banda. Houve nova pressão da atual produtora, a Chrysalis, quanto a capa do álbum, que teve que ser mudada.


Apesar de toda maré baixa, o segundo álbum, finalmente ficou pronto, era "Plastic Letters". O produtor, levou a banda novamente para Los Angeles, para tocar 6 noites nos bares da cidade, para que os produtores da Chrysalis (que tinha sede na cidade), pudesse ver a banda tocando ao vivo. Infelizmente, o baixista Frank Infante, não conseguia tocar direito com Chris Stein. A banda voltou para NY, para mais alguns shows no CBGB´s e novamente para Los Angeles, para um pequeno giro de apresentações na costa oeste. Foi neste momento, que eles viram Nigel Harrison tocando baixo em outra banda. Nigel acabou sendo convidado a tocar no Blondie, e acabou se juntando a trupe já composta por Debbie, Stein, Destri, Burke e Infante.

Vendo o potencial da banda, a Chrysalis, sugeriu que Mike Chapman, assumi-se a produção da banda. Ele era australiano, e já tinha gerenciado varias outras bandas. Alem disto, depois dos E.U.A e Reino Unido, a Austrália, passou a ser o país com mais fãs do Blondie. O produtor, resolveu então que a banda precisava sair para sua primeira turné mundial.

Debbie Harry, foi enviada, sozinha a Austrália por 2 semanas, para promoção da futura turné. Ela causou grande sensação com a imprensa , principalmente por causa de sua sexualidade. Após esta viagem a Austrália, Debbie foi enviada para o Reino Unido para se juntar ao resto da banda. A Segunda turné na Inglaterra, começou com grande sucesso. Após o Reino Unido, a banda tocou em Paris, Amsterdã, Munique, e finalmente Austrália.

Infelizmente a relação entre o produtor, Peter Leeds e a banda, começou a ficar estressante, pois eles achavam que Leeds tratava a banda como crianças. Após a turné ter passado e conquistado a Austrália, a banda foi enviada de férias para a Tailândia, onde a banda acabou fazendo 4 shows em um hotel de Bangkok, na virada de ano para 1978. Após isto, a banda foi enviada ao Japão, onde foi recebida positivamente pela imprensa local apesar de prejuízo financeiro de todos os shows em solo japonês.

A banda retornou a Inglaterra, onde a cena New Wave, já tinha colocado musicas como "Denis" e "Presence Dear" como hits numero 1 . O álbum "Platic Letters" finalmente foi lançado em Fevereiro de 1978, e a banda começou uma turné promocional pela Europa, apesar de esfriar cada vez mais, o relacionamento com o produtor Leeds. Após um show para a TV alemã, a banda finalmente pode ir para casa para merecidas ferias de apenas um mês.

Depois da turné promocional Européia, os produtores decidiram fazer a mesma coisa nos Estados Unidos, pois em sua própria terra, a banda ainda não havia conquistado o respeito merecido que havia ganho na Europa. Esta turné promocional começou com o produtor Leeds e o guitarrista Stein, saindo a campo para promover a banda junto com Debbie. Durante este giro pelos States, Chris e Debbie encontraram com um representante de vendas da Chrysalis que tinha sido responsável pelo estouro de Bowie nos EUA. Ele juntou a esta turné promocional, que acabou sendo bem sucedida. Isto deu a Debbie, mais holofotes a sua carreira e a da banda dentro de seu próprio pais. Começava o namoro dos americanos com Debbie, que tornava-se apartir daí um dos ícones dos anos 70.

Parallel Lines
Após esta turné, a banda se reagrupou novamente para mais um álbum, o terceiro. Muitas das canções deste novo trabalho, "Parallel Lines", já havia sendo executado ao vivo pela banda, a algum tempo. Algumas ganharam novas versões, como "Once I had a Love" que se tornaria o hit de discoteca, "Heart of Glass". Isto deu vantagem a banda, na hora de gravar, já que estavam familiarizados com o material. Em maio de 1978, a banda foi tocar em grandes arenas de espetáculos americanos, o "Starwood" em LA, o "Mabuhay Gardens" em San Francisco, e o "Palladium" em New York. Neste ultimo show, a banda contou com Robert Fripp, em uma participação especial. Houve tambem, o cover de "I Feel love", de Donna Summers. Era o começo do namoro com a discoteca. Ainda durante as gravações de "Parallel Lines", a banda finalmente mudou de produtor, saindo Leeds, e assumindo, Mike Chapman, que preparou o novo disco com um toque mais comercial. Ele queria a todo custo, que o álbum sai-se como o número 1 da América. Neste terceiro álbum, a banda perdeu seu lado Punk, para entrar no lado mais Pop e comercial, com o hit das discotecas, "Heart of Glass". Enquanto Chapman, ia mixar o novo álbum em L.A., a banda se preparou para a foto de capa do álbum. Esta foi a ultima vez, que o Ex-produtor, Leeds, colaborou com o Blondie. Foi dele a idéia, de ter a foto da banda junto com linha paralelas, com os membros masculinos sorrindo e apenas Debbie com uma face mais fechada(idéia que não foi de muito agrado dos membro da banda, apenas para Leeds).


Após a gravação do novo álbum, a banda saiu em nova turné, pelo States, com o Kinks, entre Julho a Agosto de 1978. Ao final dela, a imprensa já tinha outra idéia da banda, diferente do punk, como era no início. O disco "Parallel Lines", foi lançado, e a banda embarcou para nova turné européia. "Hanging On The Telephone", foi o primeiro hit, na Inglaterra. A turné começou em Bilzen, com uma audiência de 10.000 pessoas, a maior na carreira da banda até aquele momento. Ainda na Inglaterra, foi promovida uma exposição, em homenagem a banda, a "Blondie in Camera". A turné continuou na Suécia, Alemanha, Holanda, Bélgica, Suíça e finalizou novamente na Inglaterra. Quando os singles de "Parallel Lines" ganhavam os primeiros lugares nos Charts europeus, o primeiro single americano, "I'm Gonna Love You Too", falhava na própria terra da banda. Então a banda voltou para os States, e preparou "Heart of Glass" para ser lançado no final de Setembro de 1978. Foi um verdadeiro estouro. A banda finalmente havia ganhado a América. Entre 29 de Outubro a 16 de Novembro, a banda saiu em nova turné americana, de apenas 3 semanas que culminou em um grande show no Paladium de Nova York.

Infelizmente, por causa do antigo contrato com o Ex-produtor Leeds, a banda acabou sofrendo um processo nos tribunais. Apesar disto, a banda continuou o seu caminho apesar de ter perdido o processo para Leads. No ano novo de 1978, a banda tocou "Winterland" com o REO Speedwagon em São Francisco. O show foi um grande sucesso. Finalmente, depois de 6 meses de lançamento de "Parallel Lines", "Heart of Glass" tornou um grande sucesso na América, levando o Blondie ao posto de numero 1 dos EUA. Após a perda para Leads, a banda negociou com uma universidade, "Collegue Shep Gordon " para gerenciar a banda, onde um sólido relacionamento de trabalho começava a ser criado. Com o sucesso de "Heart of Glass", a banda ganhou mais foco da mídia, e foi convidada a aparecer em dezenas de programas de TV americana. O sucesso, também foi sentido no Brasil, pois a musica "Heart of Glass", passou a ser tema da novela "Pai Herói" da Rede Globo em 1979, e tocar bastante nas discotecas tupiniquins.

Devido ao sucesso do Blondie, principalmente de Debbie, ela foi convidada a participar de um filme, "Union City", era o início de sua promissora carreira em Hollywood. Depois disto, a banda embarcou em nova turné promocional, de duas semanas, para mídia européia. Nesta epoca, a banda liderava todos os charts Americanos.

Eat to the beat
Após o sucesso absoluto de "Parallel Lines" na América e Europa, a banda apartir de Maio de 1979, e sem Peter Leeds, para estragar a festa, começou a se preparar para o quarto álbum, "Eat to the beat", novamente sendo produzido por Mike Chapman. O disco teve a colaboração de Nile Rodgers e Bernard Edwards, e foi gravado em apenas 2 meses, usando musicas, já construídas para "Parallel Lines", mas descartadas na edição final. Apesar disto, "Eat to the beat", é bem diferente de seu antecessor. O disco mostra, em alguns momentos, o retorno do Blondie ao Punk, além de ser menos Pop, que o disco anterior. Em Julho de 1979, a banda saiu em turné com outra banda, a "Rockpile". Ela foi um sucesso, apesar da outra banda, ser apenas um aperitivo para o show do Blondie. Sem Leads, no pé, houve mais liberdade da banda no palco, mais vibração, e menos tensão.

Após a turné, a banda partiu para criar o primeiro home-video, completo de um álbum inteiro. Um fato inédito até então, já que nesta epoca, não havia MTV, sendo a própria banda, um dos precursores . O vídeo, e o disco, "Eat to the beat", foram lançados em Setembro de 1979. O primeiro single, "Dreaming", foi o primeiro hit na Inglaterra, mas não teve muito sucesso nos States. "Atomic", foi outra balada disco, ao estilo de "Heart of Glass", que tambem levou o Blondie ao Top 10. Na verdade, "Atomic", é uma paródia a própria banda. A banda fez "Atomic", como a musica que fecharia a era Disco, dos anos 70.


Apesar de tudo, o disco em si, não foi Top 10 nos States, como o anterior, ficando com o 17° lugar, em sua melhor posição. Apesar disto, na Inglaterra, eles chegaram em 1° lugar, confirmando que eles faziam mais sucesso na Europa do que nos States. Sorte deles. Ainda bem. Como era de costume, a banda embarcou para nova turné Européia. Os shows ocorreram entre Novembro e Dezembro de 1979, e foi um absoluto sucesso. No ano novo, a banda tocou no Apollo de Glasgow, cujo show foi transmitido em radio e TV pela BBC. Após o Reino Unido, a banda embarcou para Paris, onde filmaram um documentário e entrevistas para a TV local. Após os shows de Paris, a banda voltou a Inglaterra, onde fez o show final da turné no Hammersmith Odeon, cujo a apresentação foi um sucesso particular, pois existem gravações piratas (Bootlegs) de todos os tipos até hoje.

O retorno a América foi uma surpresa, pois a banda foi contatada pelo produtor e compositor musical Giorgio Moroder, que tinha transformado Donna Summer, em estrela da DiscoMusic. Moroder, queria criar junto com a banda, o tema para o filme "American Gigolo" (Gigolo Americano), um dos primeiros sucessos da carreira do ator Richard Gere. A musica criada foi "Call Me". Originalmente, Moroder tinha criado a canção "Man Machine", para o Blondie, que adicionou novas letras, e mudou o nome para "Call Me". A banda seguiu para o Japão para uma nova turné, e no retorno, ficou surpresa com o sucesso inesperado , que acabou se tornando o segundo numero 1 da banda nos States. A faixa tambem foi grande sucesso na Inglaterra, e foi bastante executada no Brasil.

AutoAmerican
Ainda sob o impacto do sucesso repentino de "Call Me", a banda voltou aos estúdios para o 5° álbum, "AutoAmerican". Durante este período, a própria personalidade de Debbie, já começava a tornar-se mais popular que o resto da banda e eclipsar alguns de seus membro. Ela foi convidada para participar de vários shows, como Grammy e Muppets Shows. Assim, cada um dos membros, passou a ter uma carreira paralela ao Blondie, produzindo outras bandas, ou criando algo fora do Blondie. Foi durante este período que a banda ainda teve tempo para fazer uma versão cover de Jonnhy Cash, da musica "‘Ring of Fire", para o filme "Roadie".

Mike Chapman, voltou a produzir o Blondie neste quinto álbum, gravado em L.A. e que mostrou que a musicalidade do Blondie era bastante vasta. Foram vários estilos e variações, que torna-se este álbum, o mais bem musicalmente produzido do grupo. O Blondie passou , neste álbum, do Jazz, para o Rap, Reggie, Pop, Punk e Rock e suas variações ao mesmo estilo que os Beatles fizeram com o "White Álbum". A ordem do Blondie era, expansão musical. Infelizmente a critica americana, foi um pouco dura com o álbum, mas isto não refletiu nos fãs, que deram discos de platina, nos dois lados do Atlântico. A faixa mais reggie do álbum "Tide is High" foi escolhida para ser o primeiro single, e tornou numero 1 na Inglaterra e Top 10 nos EUA, a faixa "Rapture", foi numero 1 nos States e Top 10 na Inglaterra. Alias, Rapture, é considerado, o primeiro Rap, a ser numero 1 nos States. "Autoamerica", acabou assegurando um lugar na história do rock para o Blondie. Apesar do sucesso e consagração em sua própria terra, já ocorria rumores de um possível fim da banda.

Best Of Blondie e primeiros projetos Solos
Rumores alimentados, principalmente do não acontecimento de uma turné, e os constantes trabalhos paralelos de seu grupo, principalmente de Debbie, cada vez mais decidida a ser atriz. Em 1980, Debbie, com ajuda de membros da banda Clic, gravou seu primeiro projeto solo, paralelo ao Blondie. O álbum era "Koo Koo", produzido por Nile Rodgers e Bernard Edwards, mostrava um lado mais voltado para a faixa Rapture do Blondie e explorava este estilo, mais negro e voltado para o Rap. O destaque deste álbum, era a capa, desenhada pelo criador da criatura que aparece em "Alien – O Oitavo passageiro", H.R. Ginger. Infelizmente, "Koo Koo", não alcançou o desempenho esperado, e teve fraco desempenho tanto na Inglaterra (que chegou a ser Top 10) e nos States.


Entretanto , em outubro de 1981, o grupo resolveu lançar seu sexto álbum, como uma coletânea, "The Best of Blondie" acompanhado por uma coleção de vídeos. Isto alimentava ainda mais os rumores de fim da banda. Apesar disto, Best Of conseguiu segurar as vendagens no Reino Unido, apesar do fraco desempenho Americano. Isto aumentou um pouco as tensões entre os membros, que já começavam a ficar ruins. Isto ficou claro, pelo desejo de alguns membros de acabar com o grupo, mas nem todos foram a favor, e resolveram seguir em frente.

The Hunter e o FIM


Frank Infante, caiu fora da banda, em Janeiro de 1982, alegando que não estava sendo escutado pelo resto do grupo. Apesar da tensão, a banda ainda estava sob contrato com a Chrysalis, para a produção de mais um álbum. Ainda sob a produção de Mike Chapman, a banda voltou para o estúdio, para a gravação de seu ultimo álbum, "The Hunter". O álbum é lançado em Junho de 1982, e o primeiro single, "Island of Lost Souls", acabou sendo o último single americano da banda, fazendo apenas , a posição 37 do Chart US. Apesar disto, ele conquistou a posição 7° do outro lado do Atlântico. A banda lançou "War Child", apenas no Reino Unido, e isto acabou se tornando o ultimo da banda na Europa. Ocupou apenas a 39° posição, isto já era o prenuncio do fim. Rapidamente, a Chrysalis, preparou uma nova turné para suportar "The Hunter". Ela começou nos EUA, chegou no Canadá, e estava se preparando para ser enviada a Inglaterra, quando Chris Stein, ficou doente, e a turné foi enterrompida. Em Setembro de 1982, a banda foi dissolvida.

Após o Fim...
Como o fim do Blondie, os seus Ex-integrantes, passaram então cada um a cuidar de sua carreira. Em sua maioria, fizeram trabalhos, que não tiveram a mesma repercussão que se havia com o Blondie. O tecladista, Jimmy Destri, conseguiu lançar um álbum solo, que até contou com a participação de Debbie Harry e Chris Stein, mas não vendeu muito. O baterista Clem Burke, tocou em varias outras bandas como Ramones e Eurithmics, mas logo tambem sumiu. Nigel Harrison e Infante, tambem tocaram em diferentes banda de baixa expressão, e desapareceram da cena musical.

A doença de Chris, se agravou, e ele teve que se isolar por um longo período, principalmente por causa de rumores, de que teria AIDS. Debbie, passou a cuidar de Chris Stein, seu parceiro, por todo este tempo, enquanto, tentava tocar sua carreira solo, iniciada antes de deixar o Blondie.

De todos os membros, Debbie Harry, foi a que teve carreira mais promissora fora da banda. Até Hollywood, passou a se interessar por ela. Um dos seus melhores trabalhos no cinema, como atriz, foi para o diretor David Cronemberg, em "Videodrome" de 1982. Um dos primeiros trabalhos solos de Debbie, foi o single, "Rush Rush", sua nova parceria com o produtor musical Giorgio Moroder, para o filme "Scarface", que fez um relativo sucesso em 1983. Ainda no mesmo ano, estreou na Broadway, mas não ficou lá muito tempo. Fez voz para um filme animado, e co-produziu um álbum para um grupo de Rap. Por causa de seu envolvimento com a doença de Stein, Harry, só conseguiu preparar um novo álbum apartir de 1985. Assinou contrato com a Geffen Records, e gravou "Rockbird", cuja canção "French Kiss in USA", fez algum sucesso na epoca. "Rockbird", deu a Debbie a oportunidade de voltar ao showbizz, afastada desde o fim do Blondie em 1982. Em 1986, ela foi capa de revistas como a "Q Magazine" e "Joice", tudo no embalo de "Rockbird". Na produção deste álbum, até o amigo da cantora, Andy Warhol, ajudou na foto de capa. Apesar de todo esforço, o álbum vendeu bem no Reino Unido e Austrália, onde ficava a base da maioria dos seus fãs do tempo do Blondie, mas não alcaçou as paradas Americanas.

Em 1988, Debbie foi convidada pelo diretor independente, John Waters, para estrelar "Hairspray", que recebeu uma critica positiva dos criticos de cinema. Mais um single é lançado, "Liar, Liar", trilha para o filme "Married to the Mob". Nesta epoca, Debbie e Chris, participaram da produção de uma copilação dance de antigos sucessos do Blondie. Debbie foi convidada para trabalhar em um telefilme para a Disney, e do seriado "O Homem da Mafia"(Wiseguy), além de outros trabalhos para o cinema.

Em Outubro de 1989, Debbie retornou ao Reino Unido, depois de uma ausencia de 7 anos, para um show em um pequeno clube de Londres. Em novembro do mesmo ano, assinou contrato com a Chrysalis/EMI, para gravar seu terceiro álbum solo, "Def Dumb & Blonde", agora sob o nome de Deborah Harry. Era a volta para o velho estilo rock dos tempos de Blondie, que rendeu boa aceitação da critica e dos seus fãs. Chris Stein ajudou neste álbum, junto com o ex-produtor do Blondie, Mike Chapman, que retornava na produção.

As vendas, não chegaram a ser como as da época do Blondie, mas foram melhores que seus outros discos solos. O disco, foi puxado pela musica "I Want that Man". Debbie formou uma nova banda para uma nova turné, coisa que não acontecia, desde o fim do Blondie. Ela era composta por Chris Stein (Guitarra), Leigh Fox (bacho), Jimmy Clark (bateria), Carla Olla (rhythm guitar) and Suzy Davis (teclado). Eles sairam em excursão pela America, Europa e Australia. Ainda de volta aos States,em Julho de 1990, eles ainda se apresentaram com os Ramones, em New York.

Em Janeiro de 1991, Debbie foi convidada, a participar do projeto "Red Hot + Blue", um álbum de antologia da obra de Cole Porter, em benefício as vítimas da AIDS. Ela gravou "Well Did You Evah!", ao lado do amigo Iggy Pop. Ainda no mesmo ano, mais uma compilação do Blondie é lançada, "The Complete Picture", junto com um laserdisk. Faz uma pequena turné no Reino Unido, e aparece no telefilme "Inimigo Estranho"e no filme "The Killbillies".

Entre 1992 e 93, prepara material para seu próximo álbum. O antigo produtor do Blondie, Peter Leeds, tenta na justiça, ganhar uma porcentagem na carreira solo de Debbie, mas felizmente, ele perde. Em Julho de 1993, ela assina com a Sire Records, para seu quarto álbum solo, "Debravation", que tem uma vendagem mediana. Neste mesmo ano, mais uma compilação do Blondie é lançada, "Blondie and Beyond", com materiais inéditos, e ao vivo de antigas apresentações da banda. Ainda no mesmo ano, outra compilação, o duplo "Platinium Colection", com 47 faixas, é lançado com mais material inédito do que o anterior.

Estas compilações, durante a decada de 90, vem mostrar, que independente da carreira solo de seus antigos membros, os fãs da banda ainda são muitos, e são cada vez maiores os rumores para a volta do grupo.

Em 1995, outros álbuns de remixes do Blondie, são lançados, que ironicamente, ultrapassam o numero de álbuns oficiais enquanto a banda ainda estava ativa. Debbie junta uma nova banda para alguns shows em New York. Ela é convidada a participar da banda de Jazz, "Jazz Passagers", onde participa de um disco e alguns shows. Ela volta com o Jazz Passagers, para outros shows, em 1996. Ela também foi convidada a participar de outros papeis para o cinema como o filme "Heavy" e "Copland".

Em 1996, em vista das contantes compilações e remixes lançados, já se escuta na imprensa, rumores de a o Blondie se reuniria novamente. Pelo menos para alguns shows. Debbie Harry e seu ex-parceiro (que apesar do fim do casamento, nunca deixaram de serem amigos) Chris Stein, contataram seus antigos parceiros, Jimmy Destri e Clem Burke, para voltarem ao estudio, com ajuda dos membros do Duran Duran, que escreveram duas canções, "Pop Trash Movie" e "Studio 54". Mike Chapman, foi chamado para a produção. Ficou decidido que seria apenas um disco de regravações de antigos sucessos do Blondie mais duas novas faixas.

Em 1997, Debbie teve uma participação maior no novo trabalho do Jazz Passagers, incluindo um dueto com Elvis Costello e uma turné pelos E.U.A e Europa (incluindo shows na Russia, Hong Kong e Shangai). A agenda um pouco apertada, levam os planos de reunião com o Blondie para depois.

NO EXIT - A ressurreição
Finalmente, no dia 31 de Maio de 1997, durante um festival para a radio WHFS em Washington, no Estadio Robert Kennedy, junto com outras 20 bandas, o Blondie, retorna após 15 anos do último show. Houve outra surpresa no show, o primeiro baixista, Gary Valentine, faz uma participação especial nos baixos. A banda ainda iria se apresentar, durante 97, em outros eventos, enquanto Debbie não terminava seus compromissos com o Jazz Passagers. Durante o ano, houve o lançamento de outras compilações pela EMI, e do CD – Essential, apresentando gravações da banda nos anos 70. Infelizmente, o projeto com os integrantes do Duran Duran e com o produtor Mike Chapman, são abandonados. A banda resolve gravar um novo material para um novo álbum. Eles ainda enfrentam outro problema, um processo dos ex-integrantes Nigel Harrison e Frank Infante, contra a volta da banda, o que impediu a volta definitiva.

Em 1998, o Blondie(já livre do processo) assina com a Beyond Records, e preparam sua volta triunfal. Retornam ao estudio, Debbie, Chris, Destri e Burke. Craig Leon, co-produtor, dos primeiros singles da banda, nos anos 70, assume a produção do novo álbum. Dois novos musicos, se juntam a banda, o baixista Leigh Foxx e o guitarrista Paul Carbonara. Entre novembro e dezembro de 1998, a banda faz uma pequena turné pela Europa, Reino Unido e Australia. Finalmente, em fevereiro de 1999, o novo álbum "No Exit", á lançado atingido Top 10 na Inglaterra e Top 20 nos States. Primeiro single, "Maria", foi o hit numero 1 na Inglaterra, e fez sucesso até no Brasil, tocando exaustivamente nas rádios tupinquins.


O sucesso da volta triunfal Blondie, levou a banda a uma série de shows, nos States e depois Europa, mas não houve tempo, para uma passada pela America do Sul, conforme estava programado. A banda terminou a turné "No Exit", na virada do ano 2000, em uma praia de nudismo em Miami. Em novembro de 1999, foi lançado o primeiro álbum "ao vivo", oficial do Blondie "LIVID" junto com um DVD, outros dois DVDs, são lançados na esteira do sucesso.

Após a exaustiva turné de volta, a banda agora, está descansando, mas preparando um novo material para um próximo disco em 2001.



FONTE: http://www.anos80.com.br/blondie/historia.html

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