domingo, 6 de fevereiro de 2011

Iron Maiden( parte- 3 HISTORIA COMPLETA)

Terminaram a turnê em maio de 1987 e tiveram seis meses de descanso, cada um dos membros se dedicou aos assuntos pessoais e logo se reuniam para trabalhar em um novo álbum. Mais uma vez Matin Birch esta por trás da produção o que a banda considera um álbum conceitual. ‘Seventh Son of a Seventh Son’ é lançado dia 11 de abril de 1988
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Todo o LP comenta Bruce: ‘é uma história completa do inicio ao fim, que narra as visões de uma espécie de médium, Doris Stone anuncia sua própria morte e enlouquece no final, esta é a idéia principal da música ‘The Clairvoyant’.
Uma das principais características do disco é a inclusão de teclados, no lugar de guitarras sintéticas que foram usadas no disco anterior ‘Somewhere in Time’.
Bruce: ‘Não procuramos nenhum tecladista, gravamos dedo a dedo, Adrian, Steve, ou qualquer um que tivesse a mão livre nesses momentos’. Nos shows ao vivo quem tocava o teclado era Michael Kenny, que era o técnico de baixo do steve Harris. Michael fez aparições esporádicas, se escondia atrás do cenário para tocar os teclados, mas de vez em quando aparecia quando tocavam a música ‘Seventh Son of a Seventh Son’, ‘seu apelido era ‘O Conde’ e agente colocava uma espécie de máscara e uma capa’, comenta Adrian Smith.
Neste álbum a banda deixa de lado as composições longas e adota um estilo mais recarregado e rápido, ‘The Evil That Men Do’ é um claro exemplo, o primeiro single deste álbum é ‘Can I Play With Madness’ que de alguma maneira se compôs com a idéia de um grande hit.
Como já havíamos dito anteriormente, um ar mais místico é adotado nas letras das canções, e não podemos que são simples letras, são verdadeiros poemas, histórias épicas que alcançaram seu ponto mais alto neste álbum.
Enquanto a turnê pode dizer que a cenografia tomou um papel muito relevante em cada show do Maiden. Obviamente o desenho do palco está baseado na capa do álbum ‘O que eu tentei capturar era uma espécie de sentimento meio salvador, Derek fez um trabalho artístico maravilhoso e conseguiu isso’ Comenta Steve Harris.
Cabe ainda destacar que nessa turnê apareceram sete Eddies diferentes no cenário.
Há verdade é que muitas coisas mudaram desde aqueles anos em ‘Ruskin Arms’ ate hoje.
Todos do grupo e Rod smallwood, seis pessoas no total, e hoje temos oitenta pessoas trabalhando para nós, tem de tudo, contabilista, advogado, secretaria, engenheiro, etc. No começo tudo era muito pequeno e agora expandiu, agora é um negocio muito grande, uma corporação’ declara dave Murray.
Foi na turnê do álbum ‘Seventh of a Seventh Son’ que o Maiden chegaria ao seu ponto mais alto, ser atração principal no mítico festival de ‘Castle Donington’ do ano de 1988, a emoção de ser atração principal se manifestou meses antes ‘tínhamos autentico desejo de toar ali, e estávamos um pouco nervosos, fazia tempo que não tocávamos em um festival da Inglaterra dês do ‘Reading festival’ em 1982.
Donignton 88 foi segundo a própria banda, a atuação mais importante de sua carreira. O festival ‘Monsters of Rock’ de Castle Donington sempre tinha sido o evento mais relevante em todo calendário metaleiro do Reino Unido.
Esta foi uma edição muito especial em que se bateram vários recordes, por um lado o recorde de wats que já apareceu registrado no livro do Guinness e o outro foi a grande influência do público;
Um total de 107.000 pessoas reunidas em 27 de agosto de 1988 para presenciar os shows ao vivo de Iron Maiden, Halloween, Kiss, Guns n’ Roses, Megadeth e Dave Lee Roth.
O Iron Maiden teve uma montagem de palco espetacular. Eddie aparecia com uma enorme bola de cristal em uma das mãos. As luzes eram de proporções enormes e giravam em todas as direções e os raios de laser apareciam em cada um dos telões. Durante a música ‘Iron Maiden’ aparecia um Eddie de mais de cinco metros de alturas, que lançava chamas.
Assim que o Maiden terminou a turnê do ‘Seventh Son of a seventh Son’ ate o lançamento do próximo álbum em outubro de 1990, aconteceram muitas coisas com a banda.
Depois de vários anos de trabalho, decidiram tirar um ano para descansar. Durante esse tempo, cada um dos membros se dedicou a um projeto paralelo. Steve Harris se meteu pela vez no mundo do vídeo produzindo ‘Maiden England’ com uma hora e meia de duração e que lhe custou seis meses de trabalho.
Gravado em Nec de Birmingham em novembro de 1988, este vídeo captura perfeitamente a emotividade da banda e a importância do projeto cênico. Este vídeo foi gravado com 10 câmeras profissionais, o total da gravação durou umas quarenta horas.
Em outro canto, Nicko McBrain utilizou este tempo para fazer demonstrações com a bateria em múltiplas feiras, como na Britsh Music feira, algo que já fazia há vários anos, as demonstrações se dividiam em duas partes, uma teórica onde o humor de Nicko sempre estava presente e a outra pratica, algumas vezes solos e outras acompanhado por músicos como Phil Hillborn na guitarra e Andy Frost no baixo.
Foi neste ano que se juntou a Dave Murray e fizeram um vídeo demonstrativo de técnicas de bateria chamado ‘Rhythm of the Beast’.
Bruce Dickinson fez uma coisa mais ativa, formou uma banda e gravou seu primeiro disco solo chamado ‘Tattooed Millionaire’ e saiu em turnê, seguindo Bruce, Adrian Smith também realizou um projeto paralelo chamado A.S.A.P. e levantaram rumores de que o iron Maiden estava acabando.
Dickinson colaborou com vários músicos durante esse tempo, destaca-se sua participação junto a Ian Gillan, Blackmore, Brian May, Roger Taylor, etc. e a gravação de um single chamado ‘Smoke on the Water’ cujas arrecadações foram destinadas para a Armênia, território devastado por um terremoto.
Foi este período que escreveram uma música para o filme ‘A Nightmare on Elm Street 5’. Daí surgiu à idéia de formar um grupo, gravar um disco e sair em turnê.
A primeira pessoa que formou parte do seu projeto foi Janick Gers, na produção estavam Chris Tsangarides e Fabio Del Rio do ‘Jagged Edge’ na bateria e Andy Carr do ‘3 River’ no baixo.
Bruce utiliza outros tons de sua voz, mais graves, mais soul, mas com uma grande força. Desse álbum saiu somente um vídeo da música ‘Dive, dive, dive’ na qual faz algumas críticas a certos ícones do rock e a outros aspectos da sociedade, por sua avareza, egoísmo e hipocrisia. Demorou três dias para filmar o clipe em distintos lugares dentro e fora de Londres.
Bruce Dickinson também tem vários hobbies, um é a esgrima, que já chegou a ser capitão da seleção olímpica britânica há alguns anos e ainda escreve Opera rock e livros, esta última intitulada de ‘The Adventures of Lord Iffy Boatrace’ em três partes, publicado em 1990.
Mas não era apenas Bruce que tinha hobbies, Nicko Mcbrain tinha um bastante perpendicular que é pilotar aviões de apenas um motor. O futebol é a grande paixão de Steve Harris é um torcedor do West Ham United.
A prova de que o Maiden ainda permanecia junto é de que começaram a gravar um novo álbum, mas nesse momento surgiram alguns desentendimentos entre Adrian Smith e a banda, ele não estava de acordo com a direção que levava o material e trabalha com mais empenho no A.S.A.P. em uma conversa com Steve Harris Adrian confessou que a possibilidade de deixar o Maiden era de noventa por cento, e ele realmente abandonou, mas ele havia composto sete músicas do novo álbum ‘No Prayer for the Dying’ e já tinha gravado a parte rítmica da faixa ‘The Assassin’.
Não demorou e o Maiden encontrou um substituto para Adrian Smith, o eleito foi Janick Gers, que já havia feito uma carreira brilhante como musico, claro com altos e baixos. Gers nasceu no norte da Inglaterra, a família é de origem polonesa. Após tocar em bandas do colégio onde fazia covers de T-Rex, Zeppelin e Purple, foi fundador da banda ‘White Spirit’ no começo dos anos 80.
Com essa banda ele fez varias turnês pela Inglaterra, e chegaram ate tocar com Samson cuja banda ainda estava Bruce Dickinson. Mais tarde conheceu Ian Gillan, que lhe ofereceu a produção do segundo LP do ‘White Spirit’ nos Kingsways studios.
Ao obter um contrato nos EUA o grupo se desviou e Janick deixou a música por um tempo, chegou ate entra na universidade e estudar literatura inglesa, mais tarde participou da composição da faixa Fish do grupo ‘A View From a Mill’ e a composição do álbum solo de Bruce Dickinson.
O Maiden já conhecia Janick Gers há muito tempo, sabiam que ra um fã da música da banda, assim ele não precisava provar nada. Quando Steve Harris lhe chamou, para ele aprender os acordes em menos de 25 horas de: ‘The trooper’, ‘Iron Maiden’, ‘The Prisoner’ e ‘Children of Damned’.
Já nos primeiros acordes de The Trooper sabiam que Janick Gers era a pessoa certa.
Havia certa incerteza como Gers poderia ficar tocando junto com outro guitarrista, já que apenas tocou juntou com um tecladista, mas isso não foi um problema, pois Janick e Dave se entenderam muito bem. A diferença entre um e outro é que Janick põe mais agressividade na sua forma de tocar, e Dave busca mais precisão. Janick Gers respeito o trabalho de Adrian Smith nas composições e mudou somente alguns solos.
O álbum ‘No Prayer for the Dying’ saiu à venda em 1 de outubro de 1990, mas não foi comparando com ‘Seventh Son’ um grande disco embora tivesse boas músicas como ‘Holy Smoke’ e ‘Tailgunner’. O álbum tentou uma volta às raízes, temas contundentes e que não passavam de cinco minutos.
Este é um disco conservador no som, mas aumenta a rapidez e a dureza das canções, isto se deve aos momentos que se canta se reduz o tempo, em favor das seqüências musicais.
O primeiro single deste álbum foi ‘Holy Smoke’ e chegou a ocupar a terceira posição no top inglês, inclusive foi censurado na BBC, não quis tocar, o tema da música fala de falsos pregadores da televisão norte americanos, que se interessam mais nos dólares do quem em Deus.
Todos esses problemas não impediram que o disco chegasse ao número dois da parada, atrás apenas de Pavarotti e que nos EUA ganhasse disco de ouro. O segundo single foi ‘Bring Your Daughter... To the Slaughter’ que chegou ao número um da parada. O curioso é que esta canção é a que Bruce compôs para o filme ‘A Hora do Pesadelo 5’ e pensou em incluir em seu disco solo, mas Steve e a banda convenceram Bruce para que editasse para o novo trabalho da banda.
A banda começou a turnê ‘No Prayer on the Road’ em 20 de setembro de 1990, com a esperada inclusão de uma turnê pela Grã Bretanha, começando em Southamptom, e pegaram o embalo para o grande show em Hammersmith Odeon em 18 de outubro. Os locais desta turnê eram de pequena capacidade, apenas 2 ou 3 mil pessoas, no qual o cenário do Maiden ficou bastante reduzido, a banda que abriu esses shows britânicos foi ‘Wolfsbane’ banda do senhor Blaze Bayley.
Durante a turnê deixaram de lado as grandes montagens, o cenário apresentava um aspecto vazio, um bom jogo de luzes, mas nada de efeitos como nas outras turnês. Como sempre Eddie aparecia em diversos momentos de sua história, principalmente quando o Maiden tocava as antigas canções.
Após terminar a turnê do ‘No Prayer fo the Dying’, os membros da banda tiram um descanso e em 11 de maio de 1992 volta ao trabalho com o LP ‘Fear of the Dark’. Um dos melhores trabalhos do iron Maiden nos últimos anos e que lhes brindou novamente a chance de ser atração principal no festival de Castle Donington.
Neste novo álbum o trabalho de Janick Gers esta melhor, as guitarras estão bem mais trabalhadas e soam mais limpas, algo parecido do ‘Somewhere in Time’ a voz de Bruce soa melhor do que nunca em comparação aos outros trabalhos.
Como sempre a produção de estúdio ficou com Martin Birch e Harris também aparece como co-produtor. O que mais surpreende em Fear of the Dark é a variedade de temas, tanto em nível de interpretação como nas letras, umas canções falam de ‘Hooligans’ outra da ‘Guerra do Golfo’, etc. Nas novas letras não tentou se passar nenhuma mensagem, pelo menos diretamente, mas sim fazer agente pensar. Na verdade os temas giram em torno em coisas reais da vida cotidiana, deixando para trás os temas de ficção cientifica que já haviam composto.
Deste álbum saiu dois singles, o primeiro ‘Be Quick or Be Dead’ e o segundo ‘From Here to Eternity’. A turnê veio acompanhada da volta das grandes produções históricas de palco que os fãs acharam tanta falta da ultima turnê.
Antes de começar a turnê mundial fizeram umas pequenas apresentações, um aquecimento na verdade em Singapura e Tailândia, mas o auge da turnê foi o retorno ao palco de Donington, junto ao Maiden estavam ‘Skis Row’, ‘Thunder’, ‘Slayer’, ‘W.A.S.P.’ e ‘The Almighty’ mas desta vez com um publico reduzido pela metade por questões de segurança, com apenas 62.000 pessoas.
Como era costume nos shows de Fear of the Dark, abriam o show com a música ‘Be Quick or Be Dead’ e na seqüência a lendária ‘The Number of the Beast’, ‘Wrathchild’, etc. e a clássica aparição do Eddie na música ‘Iron Maiden’ o mais surpreendente foi quando tocaram ‘Running Free’ e Adrian Smith se uniu ao grupo, no que provocou grande alvoroço no publico. Mais uma vez o Iron Maiden arrasou em Donington, e foi o único show da turnê na Inglaterra, o ultimo show da turnê foi em Moscou.
CONT......

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