Há algum tempo atrás um gestor de umas das maiores empresas de São Paulo estava procurando alguém para um cargo de estagiário, ele acabou por entrevistar mais de 40 pessoas de todos os tipos, mas uma realmente chamou sua atenção, que era um homem, cabeludo e que trazia na mão um livro do Eric Clapton.
Com todos os outros candidatos o entrevistador fazia as perguntas padrões, mas com esse em especial ele começou a falar de música e descobriu que o jovem tinha um diferencial:
"Não aprecio rock, não suporto o que minhas filhas ouvem, mesmo seja Rolling Stones, meu negócio é Mozart, Bach e música erudita. Mas uma coisa eu aprendi nas empresas em que passei e nos processos seletivos que coordenei: quem gosta de rock geralmente é um profissional mais antenado, que costuma ler mais do que a média porque se interessa pelos artistas do estilo. Geralmente são mais bem informados sobre o que acontece no mundo e respondem bem no trabalho quando são contratados. Nunca me arrependi ao levar em consideração também esse critério", revelou o gerente.
Em poucos minutos o contratante tinha se decidido e o rockeiro ficou com o cargo: "Não tive dúvida alguma ao contratá-lo. E o mais interessante disso: percebo que essa é uma tendência em parte do mercado há pelo menos três anos, pois converso muito com amigos de outras empresas e esse tipo de critério está bastante disseminado. Quem gosta de rock é ao menos diferenciado".
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