Quem comprou ingresso para o show de Duff McKagan deve comparecer ao local onde foi efetuada a compra, seja na bilheteria do Vivo Rio ou nos respectivos pontos de venda da Ingresso Rápido.
O GLOBO: Você já esteve no Brasil com Guns n' Roses, Velvet Revolver e Loaded. Qual a diferença entre os shows de cada banda por aqui?
Duff McKagan: Lembro da primeira vez que vim ao Brasil ainda com o Guns n' Roses, em 1991, para o Rock in Rio. Nossos fãs pareciam beatlemaníacos. Era como se estivéssemos vindo de Marte. Foi muito exótico, porque ninguém vinha à América Latina. Além disso, não existia internet, então não tínhamos ideia de que éramos conhecidos aqui. Mas agora acho que os fãs e os festivais se profissionalizaram. Todo mundo já nos trata como humanos normais. Mas o SWU, com o Loaded, foi um dos melhores shows da minha vida. Acho curiosa a quantidade de fãs brasileiros que conversam e fazem pedidos pelo Twitter. Digo em qualquer entrevista, para imprensa de qualquer país, que o Brasil tem os melhores fãs.
Você sente saudade do Guns n' Roses e do Velvet Revolver?
Todo mundo sente saudade de certas coisas. Mas vejo Guns e Velvet Revolver como um belo passado do qual tenho orgulho, mas que acabou. Tenho memórias maravilhosas das bandas. No Guns, aprendemos a compor e tocar juntos. Éramos muito jovens e nos tornamos uma família. É difícil analisar as carreiras separadamente.
O Guns n' Roses foi indicado ao Rock and Roll Hall of Fame. Existe a chance de uma reunião com este propósito?
Sempre existe uma chance de volta. Bom, sou amigo do Axl e vi um show com essa nova formação no ano passado, em Londres. Ele está seguindo o caminho dele, assim como Slash e eu. Tenho uma boa relação com os dois e seria legal se a banda voltasse. Mas já fiz o papel de apaziguador no passado e não foi bom para mim. Hoje, sou um pai de dois filhos e um marido. Não quero mais ter essa função. Não me sinto confortável. Existem conversas entre empresários para abrirmos com o Loaded alguns shows do Guns. Seria um prazer fazer isso.
E com o Velvet revolver?
- Eu e Slash conversamos muito sobre uma possível volta do Velvet Revolver, mas não temos um vocalista. Eu amo Scott Weiland, mas o tempo dele com a gente já acabou. Passamos por uma situações com ele... Além disso, ele está satisfeito com o Stone Temple Pilots.
Axl Rose tem recebido duras críticas em todo o mundo por causa de seus atrasos e performances. Você acha que a o Guns n' Roses poderia voltar a ser bem-sucedido?
Não pensei sobre isso.
Você acabou de lançar o livro "It's so easy: and other lies" nos Estados Unidos. Tem previsão de chegar ao Brasil e do que se trata?
É uma espécie de biografia. Eu conto sobre o tempo em que vivi em Seattle e como entrei e larguei o vício nas drogas e no álcool. Já estou limpo há alguns anos felizmente.
No Guns n' Roses você era o baixista. Já na Loaded, você é o vocalista, guitarrista e líder. Já se sente confortável com os títulos?
No início, era estranho ser o líder da banda. Hoje em dia, me sinto extremamente seguro. Já fiz mais de 400 shows com o Loaded. Em algum momento, isso tinha que acontecer. Mas não finjo ser o melhor vocalista e guitarrista do mundo. Além disso, não é a primeira vez que começo um projeto do nada e luto para conquistar meu espaço.
Você ainda tem paciência e vontade de distribuir autógrafos, tirar fotos ou conversar com os fãs? Alguns de seus ex-companheiros não são muito a favor...
Tenho muita paciência com fãs e fico honrado quando eles querem autógrafos ou fotos, desde que venham falar com respeito e entendam que sou um ser humano como eles. Não entendo artistas que ignoram, xingam e destratam fãs. A gente sempre pode arrumar um minutinho para quem admira nosso trabalho.
Como é o repertório do Loaded?
Já temos três discos e damos destaques às nossas canções próprias. Do Velvet, eu não canto nada, porque não acho que tenha a ver. Mas do Guns, eu incluo aquelas que canto originalmente: "So fine", "It's so easy", "Dust n' bones" e "Attitude". Costumamos tocar cerca de 25 músicas geralmente.
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