Nascido a 7 de agosto de 1958 em Worksop Notts, Inglaterra, Paul Bruce Dickinson já pode ser considerado uma grande lenda viva do Heavy Metal. Bruce nasceu na Inglaterra, foi criado por seus avós e costuma dizer que foi um “acidente de nascimento” (qualquer semelhança com o título de um de seus álbuns não é simplesmente coincidência).
Era um aluno presente e aplicado.Terminou a parte primária e o ginásio em uma escola pública. Com 16 anos, Bruce estava na fase de adolescente revoltado, e para quem não sabe, era um feroz simpatizante e membro declarado do National Front, partido popular de extrema direita semelhante ao nazismo de Hitler, que cultuava a violência e o ódio aos estrangeiros.
Aos 17 anos, Bruce foi estudar História na Universidade de Londres e serviu à infantaria. Em Sheffield, entrou em sua primeira banda, mas não como vocalista; ele tocava bateria. Na época era uma grande fã do movimento punk e escreveu algumas letras sobre o assunto, mas logo em seguida decidiu que não era exatamente essa a direção musical que queria tomar.
Começou como baterista, tornou-se vocalista da banda Samson de 1980 até ter-se juntado ao Iron Maiden com seu álbum Number of the Beast em 1982.
Teve tempo de tocar em bandas como Xero, Speed e Shots, já nos vocais. Esta última banda foi o trampolim de Bruce para sua carreira como vocalista, pois foi durante uma apresentação no pub Prince of Walls que Paul Samson, guitarrista de uma das bandas pioneiras do NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), o convidou para tomar o posto de vocalista. Bruce, obviamente, aceitou o convite e com Samson gravou dois álbuns: Survivors e Head On. O Bruce Dickinson que conhecemos hoje era conhecido por Bruce Bruce. Em 1981, quando Bruce já estava muito bem estabelecido como cantor, surgiu a grande oportunidade: Steve Harris, baixista do Iron Maiden o convidou para um teste. Se conseguisse, estaria aceitando a árdua tarefa de substituir Paul Di´Anno nos vocais. Passou e deu-se mal, porque terminou a turnê do Killers debaixo de muitas vaias e desaprovação por parte dos fãs da Donzela. Mas o rancor passou logo depois do lançamento de The Number of the Beast.
Bruce tornou-se uma grande celebridade da cena nos anos 80 e acompanhou o Iron Maiden em seus melhores anos. Ele compôs diversas canções, das quais as mais conhecidas provavelmente sejam “Flight of Icarus”, “Powerslave”, “Two Minutes to Midnight” e “Can I Play With Madness”.
Em 1989, foi convidado para fazer a trilha sonora do filme Nightmare on Elm Street, ou como conhecemos, A Hora do Pesadelo. A música “Bring your Daughter to the Slaughter” integrou a trilha do filme e deu uma brecha para que Bruce alcançasse seu primeiro vôo solo. Foi convidado a gravar um disco sozinho. Para isso, convidou Andy Carr para o baixo, Janick Gers, que estava assumindo o posto que era de Adrian Smith no Maiden e Dickie Fliszar na bateria. Foi um disco mais cru do que os fãs estavam acostumados a ouvir, com um vocal um pouco mais rasgado. Surgiu assim, o Tattooed Millionaire, e foi seguido de uma pequena turnê local para sua promoção. O álbum vendeu bem e superou as expectativas. Entre as faixas mais conhecidas estão “Tattoed Millionaire”, “Born in 58” e “All the Young Dudes”, clássico de David Bowie.
Na mesma época, o Maiden entrou em estúdio para gravar o No Prayer for the Dying, que foi um sucesso no mercado americano, mas que deixou muitos fãs desapontados. O que era para ser uma “volta às raízes” do Iron, acabou sendo uma alça que mais tarde detonaria a bomba de 1993: a saída de Bruce. Já em No Prayer... ele não se sentia tão à vontade com os outros músicos e queria fazer modificações no som da banda. Quando lançou Fear of the Dark, Bruce já havia anunciado que estaria gravando mais um trabalho solo, mas sem ainda falar muito de sua saída.
Quando os fãs se deram conta, Bruce Dickinson, que estava no Maiden há mais de dez anos, finalmente deixa o grupo. Muda-se para Los Angeles, onde conhece Roy Z e o Tribe of Gypsies e com eles começa seu trabalho de composição e reciclagem de algumas músicas antes engavetadas por Steve Harris e sua trupe.
Em 1994 sai o Balls to Picasso, que foi muito bem aceito. “Cyclops”, “Sacred Cowboys” e “Tears of the Dragon” são faixas completamente diferentes. Bruce consegue finalmente o que queria: iniciar sua busca por uma identidade musical só sua. A turnê desse álbum passou pelo Brasil em 1995, quando saiu também o Alive in Studio A, um duplo que na verdade não teve muito a ver com os planos de Bruce.
Em 1996, de cabelo curto e banda nova, ele lança o Skunkworks. Os músicos que Bruce escolheu eram bem mais novos do que ele e seguiam uma linha de som muito diferente. Chris Dale ficava no baixo, Alex Dickson na guitarra e Alex Helena na bateria; eles formavam a banda Skunkworks. O quarteto durou apenas um ano A faixa mais conhecida foi “Inertia”, que ganhou um vídeoclipe e execuções nas rádios brasileiras. De modo geral, a banda não foi bem aceita pela cena de Metal e nem pelos fãs.
Em 1997, Bruce voltou a trabalhar com Roy Z e chamou Adrian Smith, que estava envolvido com seu projeto solo. Nasceu o Accident of Birth, álbum que marca a volta da sonoridade mais pesada e que chegava a soar como Iron Maiden devido a participação de dois ex-membros do grupo. Faixas como “Accident of Birth”, “Road to Hell” e “Darkside of Aquarius” trouxeram à tona a veia de grande compositor e músico que Bruce definitivamente é. Ele fez uma turnê incrível que inclusive passou pelo Brasil.
Em 1998, Bruce continua seguindo a linha do Heavy Metal e lança o The Chemical Wedding, aclamadíssimo pelo público e pela crítica.. Sua turnê passou pelo Brasil no ano seguinte, quando estava decidido a gravar um álbum ao vivo e acabou nos escolhendo para tanto. Antes da tão sonhada volta do Maiden, ele veio ao nosso país para gravar uma série de shows para seu álbum. Foi de onde saiu o Scream for Me Brazil.
Em 1999, Bruce volta ao Maiden e lança o Brave New World em 2000. Sua última passagem pelo Brasil foi durante o Rock in Rio de 2001, onde deixou claro que, pelo menos até 2003, ele é membro oficial do Iron. Bruce Dickinson, além de músico e cantor, é esgrimista, escritor, piloto de avião, DJ em uma rádio em Londres, além de pai de família e um dos maiores nomes da história do Heavy Metal. Seu último lançamento é o duplo Best of Bruce Dickinson, que consiste em um apanhado de faixas de seus melhores discos, além de músicas que foram gravadas aqui e as novas “Silver Wings” e “Broken”.
Sete anos após seu último trabalho, Bruce lançou Tyranny of Souls em 2005. O músico contou novamente com a participação do guitarrista, produtor e compositor Roy Z. São 10 faixas, entre elas, "Abduction", "Kill Devil Hill", "Navigate the Seas of the Sun" e "River of no Return", alguns dos destaques.
Outros talentos do cantor incluem literatura, editoração, esgrima olímpica, tecnologia ferroviária e pilotagem de aviões Boeing 757 para a linha aérea do Reino Unido Astraeus (da qual a Iceland Express faz o leasing de seus aviões) onde ele é empregado como Comandante.
Atualmente, Bruce apresenta, aos sábados, o concerto vespertino de "rock" na estação de rádio BBC 6 Music da divisão de rock alternativo da BBC, e o Programa Heavy Metal no Ar (sobre aviação) pelo Discovery Channel. Recentemente ele pegou o papel principal na série da BBC Radio 2, Masters of Rock.
Dickinson, que trabalha profissionalmente como piloto de aviação civil na empresa britânica Astraeus Airline,foi responsável por pilotar o Boeing 757 que levou a banda na Somewhere Back in Time World Tour.
No dia 19 de julho de 2011, Bruce Dickinson recebeu um doutorado honorário em música, pela Queen Mary University de Londres. A honraria foi cedida em virtude da grande contribuição de Dickinson para a indústria musical.
Bruce, que é o integrante do Iron Maiden de menor estatura (1,70m), também é esgrimista e chegou a competir, chegando a ser chamado para ser o capitão da equipe profissional de esgrima nas olimpíadas de 1988, mas recusou pois estava em turnê com o Iron Maiden.
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