sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Depeche Mode

Como tantas outras bandas nascidas em pleno pós-punk, começaram por fazer música em bandas com guitarras. O grupo tem as suas origens em Basildon, em finais dos anos 70, juntando aos poucos Vince Clarke, Andrew Fletcher, logo depois Martin Gore. Chamavam-se então Composition Of Sound. Em Junho de 1980 Vince Clarke ouviu Dave Gahan cantar uma versão de Heroes, de David Bowie, num bar Convidá-lo-ia depois para se juntar a si, Andrew Fletcher e Martin Gore. Nasciam os Depeche Mode, que tiraram o seu nome de uma revista de moda francesa. Três décadas depois, o grupo oriundo de Basildon, uma cidade inglesa a 42 km de Londres, é uma referência incontornável na pop contemporânea. Ao longo dos anos colocaram 45 temas no top de singles britânico, e chegaram ao topo das tabelas de venda de dezenas de países, incluindo Portugal.

Estrearam-se com o álbum Speak and Spell, em 1981.Seguindo as tendências da época, o disco combinava pop e electrónicas, tornando-se sucesso de vendas, juntamente com o single Just Can’t Get Enough, que meses antes os colocara no top 10 britânico. Apesar do êxito conquistado, Vince Clarke, o fundador e principal compositor, abandonou a banda, para fundar os Yazoo, mais tarde os Assembly (que existiram durante apenas um single) e depois os Erasure. Pouco depois, Alan Wilder entraria para o grupo.
Apesar de terem perdido o seu principal compositor, os Depeche Mode editaram um segundo disco, escrito por Martin Gore, passado um ano, em 1982. Depois, em 1983, lançam Construction Time Again, e um ano depois, em 1984,chega Some Great Reward. People Are People, um dos singles retirados do álbum, foi o primeiro tema da banda a chegar ao topo de uma tabela de vendas nacional, na Alemanha. As canções mostravam já sinais das preocupações que mais tarde se tornariam centrais à escrita de Martin Gore: as relações, as dúvidas, muitas vezes em clima sombrio. Nesta fase porém abrem espaço a algumas visões políticas (nomeadamente abordando questões ambientais ou sociais).
Dois anos depois, em 1986, editaram Black Celebration. Colaboraram pela primeira vez com o fotógrafo Anton Corbjin no vídeo de A Question of Time, um dos temas retirados do disco. Esta parceria dura até hoje. Passado algum tempo, em 1987 sai Music For the Masses, que aumentou a sua popularidade à escala global e, sobretudo, nos EUA, onde começaram a esgotar grandes salas. O último concerto da digressão de promoção ao álbum de 87 serviu de base para 101, documentário e disco ao vivo, lançado em 1989.
Nos anos 90, o sucesso continuou a acompanhar os Depeche Mode, que editaram Violator no início da década, aliando as guitarras aos habituais sintetizadores. Voltaram ao topo das tabelas em 1993, com Songs of Faith and Devotion, onde Martin Gore aprofunda a sua relação com a espiritualidade e a fé. Contudo, o êxito comercial do grupo contrastava com os problemas pessoais dos seus membros. Alan Wilder saiu em 1995, para se concentrar no projecto a solo Recoil (que já mantinha desde finais dos anos 80), enquanto Dave Gahan combatia o vício em drogas duras. Em 1996, um ano depois de se ter tentado suicidar, sofre uma sobredose. O seu coração parou de bater por uns minutos, mas foi reanimado.


Regressaria depois de fazer uma desintoxicação, pronto para gravar Ultra, editado em 1997. Curiosamente, a banda não partiu logo em digressão, uma vez que Gahan tinha acabado de fazer os tratamentos. No entanto regressariam aos palcos em 1998, para promover a compilação Singles 86–98. Em 2001 editaram o álbum Exciter, que todavia não repetiu o sucesso de alguns discos anteriores.
Gahan estrear-se-ia a solo dois anos depois, com o álbum Paper Monsters, de 2003. Na meama altura, Martin Gore, que tinha editado um primeiro disco a solo em 1988, lança um segundo álbum de versões. Em 2005, no reencontro, Dave Gahan escreveu pela primeira vez canções para um disco dos Depeche Mode, em Playing the Angel. Agora, passados quatro anos, a banda está de volta com Sounds of the Universe, o seu 12º álbum de originais.
Depeche Mode de volta na cena, mas dá-se uma nova direção comercial menos limitar a libertação destes álbuns de um 3 ou quatro anos. A mais recente, "Playing The Angel" foi lançado em 2005, retomou as velhas receitas do grupo e ainda correr ambos com músicas como "The Sinner em Mim" ou "Precious" o que prova que 25 anos, o grupo n não perdeu nenhuma da sua inventividade. Após quatro anos de silêncio, Depeche Mode finalmente retornou em 2009 com o seu décimo segundo álbum estúdio: "Sons Of The Universe". Sem transbordam originalidade, todos ainda muito forte e deve atrair os fãs.

http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=1204462&especial=Depeche%20Mode&seccao=ARTES&page=2

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