O ano de 1962 marcou a mudança da família Fredriksson para Östra Ljungby em Skåne, ao sul da Suécia, local em que passariam a morar para sempre. A razão para a mudança foi o fato de Inez Ter arranjado um emprego em uma empresa local, enquanto Gösta trabalhava nos correios.
Desde a mais tenra idade, Marie aprendeu a cantar e tocar piano. Um dos fatos marcantes em sua infância foi quando seu pai comprou um piano novo para a família, apesar do pouco dinheiro que ganhava. Marie sempre sonhava com a fama. Ainda muito jovem iniciou sua primeira banda, "Renat", com sua irmã, Tina. Fato interessante é que, muitas vezes, a mãe de Marie a fazia cantar em reuniões suas com suas amigas, em várias entrevistas, ela relata o fato como muito embaraçoso. A primeira vez que ela cantou em público, ela recebeu uma boneca como retribuição. Segundo ela: “se é tão bom cantar, eu quero fazê-lo pelo resto de minha vida – especialmente se lhe dão presentes por isso”
Anna-Lisa, irmã de Marie, morre em um acidente de carro. A família sofreu um grande choque. Marie tinha nessa época oito anos e tempo depois, em entrevistas, ela revelou que não se lembra muito deste momento em sua vida, as únicas lembranças que tem são de sues irmãos e pais chorando
Marie ingressou na escola muito jovem. Sempre fora interessada em artes e música, mas odiava matemática. Aos onze anos fumou cigarros pela primeira vez com outras meninas. Uma vez, tentando fugir de ser flagrada fumando por uma professora, caiu e quebrou o nariz. Teve seu primeiro namoro aos doze anos, o garoto chamava-se Barthold
A sua primeira performace musical foi aos onze anos, juntamente com Björn e Mikael, tocando como “Renat” Marie tornou-se muito interessada em música dos anos 60 e 70. O primeiro disco de sua coleção foi "Valery" dos The Monkees. Sua principal inspiração vinha dos Beatles e de Joni Mitchell. Aos 17 anos, ela foi para para Svalöv estudar música. Sempre achou os estudos muito chatos, mas como queria tornar-se uma estrela, começou a envolver-se com a Compania de Teatro Skånska, no qual chegou a fazer parte de turnês do grupo teatral por toda a Suécia
Aos vinte anos, muda-se para Halmstad. Lá conhece Stefan Dembrant, com quem passa a viver em um pequeno apartamento. O ano era 1978 e Marie tinha dificuldades em encontrar um bom emprego. Já havia trabalhado como garçonete, assistente de professora, professora de música e enfermeira . Stefan montou sua própria banda, "Strulpojkarna". Martin Sternhufvud ,membro da banda ouviu Marie cantando e a incentivou a participar do grupo. Logo ela estaria como vocal principal da banda e compondo as suas letras. A banda passou a chamar-se “Strul”
Nesse período, Marie conheceu Per Gessle, líder dos Gyllene Tider, banda que ensaiava nos mesmos estúdios que os Strul. Apesar de fazer shows a banda de Marie nunca assinou um contrato com alguma gravadora. O único single que eles gravaram foi "Strul Igen." Stefan deixa a banda em 1980
Nessa mesma época, ela trabalhou em várias peças: "Attraktiva Attityder", "Flashback" e "Trollet I Underjorden". Em 1982, Marie toca com a banda The Nissan Jazz Band em sua sua turnê, tendo a oportunidade de lançar com eles músicas como: "Georgia" e "As Time Goes By"
Martin e Marie lançam o single “Ki-i-ai-oo" em junho de 1981 pelo selo Metronome. Mas após uma apresentação não muito boa em 1982, eles acabam com a banda “Strul.”
O pai de Marie morre de um ataque fulminante do coração durante essa época. Esse fato deixou-a muito abalada
Em seguida, Marie e Martin convencem Anders e Micke Andersson dos Gyllene Tider a participarem de um projeto novo, uma nova banda chamada MaMas Barn. Enquanto as gravações do primeiro disco do grupo aconteciam, Marie trabalho como backing vocal em "Ingenting av vad du behöver", música de Per Gessle e gravou com Lasse Lindbom a música “Så Nära Nu”. Em 1982, os MaMas Barn lança seu único disco "Barn Som Barn". O single desse trabalho foi “Mammas barn” Marie deixa a banda e segue carreira solo, tal com foi aconselhado por seu amigo, Per Gessle. Através dessa amizade, Marie consegue assinar contrato com uma gravadora pela primeira vez
No mesmo ano, Marie entrou em turnê com a banda de Lidbom pela Suécia.
Em 1884, ela participa, como backing vocal da turnê dos Gyllene Tider
Lasse Lidbom e Marie passam férias nas Ilhas Canárias e utilizaram esse tempo para preparar novo material para o segundo álbum dela. Em 1985, "Den Sjunde Vågen" foi lançado. Marie já era uma celebridade musical na Suécia desde então.
Em 1986, Marie junta-se a Per Gessle num projeto de dimensões internacionais. Apartir de então surgia os Roxette. O primeiro single seria “Neverending Love”, a qual logo se tornou um grande sucesso na Suécia.
Em 1987, fora lançado seu terceiro álbum solo: "Efter Stormen", o qual foi um grande sucesso, ganhando o prêmio de melhor álbum do ano na premiação do Grammy sueco
Como parte dos Roxette, participa da turnê Rock Runt Ricket, juntamente com Ratata e Eva Dahlgren, lançando o single “I Want You”. Sucesso absoluto em toda Suécia
Ela ganhou os prêmios de melhor artista de rock em 1986 e 1987, o mesmo se repetindo em 88 e 89. À essa época, Marie namorava Pelle Andersson
Enquanto os Roxette ganhava prestígio internacional, Marie passava por uma época emocionalmente difícil. Seis relacionamentos foram muito complicados por cause da carreira, fama e muitas viagens internacionais. Após o fim de um romance muito conturbado com Johan Kinde, seguido de um rápido envolvimento com Mats Bärtilsson, ela se afastou desse relacionamentos para dedicar-se a sua carreira. Ela encontrava-se sempre muito deprimida nesta época de sua vida.
Em 1992, paralelamente ao trabalho com os Roxette, Marie lança seu quarto álbum solo, "Den Ständiga Resan", obra que demosntra bem a fase pela qual ela havia passado, principalmente por causa do rompimento com Johan. Foi lançado no outono de 1992 e teve críticas maravilhosas. Segundo ela própria, esse disco foi feito como um diário, as músicas trazem emoções pessoais dela sobre sentimentos, relacionamentos e amor. O disco foi um grande sucesso, chegou aos primeiros lugares nas paradas e Marie fez uma pequena turnê por alguns meses .
Em 29 de abril de 1993, através de uma cesariana, nasce Inez Josefin, filha de Marie e Micke. Ela chegou a gravar até enquanto estava grávida de oito meses
Marie e Micke casaram-se em 21 de maio de 1994, em Östra Ljungby. Foi uma cerimônia muito familiar. Fato curioso foi que, nem Per Gessle foi convidado para o evento! Rumores dizem que a dupla havia brigado durante esse período. O casal mudou-se para sua nova casa em Djursholm, Estocolmo.
Durante o verão de 1995, Marie participa das performances da banda de seu marido, “Sugarcane”. No mesmo ano, Marie escreve 2 canções para o filme de Colin Nutley. As músicas eram , "Tro" e "I en tid som vår". O ano de 1995 ainda traria mais surpresas boas para Marie. Neste ano ela conhece joni Mitchell no Polar Prize. Marie interpreta Watercolours in The Rain e Den Ständiga Resan.
O próximo álbum solo de Marie, "I en tid som vår" , contaria com a música “Tro” como primeiro single que chegou a ser disco de platina.
Neste mesmo ano de 1996, fez participações no álbum de Frida (cantora do ABBA) e na turnê dos Gyllene Tider, além de Ter sido uma das poucas pessoas convidadas para o casamento homossexual entre Eva and Efva, suas amigas
Oskar Mikael , seu segundo filho, nasceu no dia 26 de novembro de 1996 .
Em 1997, fez outras participações especiais: gravou 4 músicas com a Nissan Jazz Band, em comemoração aos 20 anos da banda e fez o belíssimo dueto em “I´ll Be Alright” com Per Gessle para o disco solo de seu colega dos Roxette
Em 1998, Marie canta no “Europride”, festival do orgulho homossexual que ocorreu em Estocolmo. Ela cantou "Tro" e "Så länge det lysser mittemot". No mesmo ano, a mãe de Marie morre
No ano de 2000, Marie realiza uma coletânea entitulada "Äntligen - Marie Fredrikssons Bästa" (Finalmente – O melhor de Marie Fredriksson). Foi logo desde seu lançamento, número 1 das paradas
Em Julho do mesmo ano ela fez uma turnê de 18 shows pela Suécia
Marie diz publicamente que nunca viveu melhor período em sua vida que este
Ainda em 2000, Marie foi considerada a melhor artista sueca do ano e lançou um DVD da sua turnê: "Antligen Sommarturne".
Em 10 de junho de 2002, a cantora lança "Karlekens Guld", um box-set, tipo coletânia, dos seus 5 discos lançados, mais um de músicas gravadas ao vivo. Ainda incluso viria: o DVD da sua turnê, algumas músicas raras de bootlets que foram remasterizadas
Em novembro de 2002, os Roxette lança o disco The Ballad Hits. Porém, no dia 11 de setembro de 2002, Marie desmaia no banheiro de sua casa, sendo levada ao hospital Karolinska, em Estocolmo. Ela fora hospitalizada por causa dos ferimentos advindos da queda. Exames feitos provaram que a causa do desmaio era o fato da cantora possuir um tumor na parte posterior da cabeça. Após cirurgia, foi diagnosticado que o tumor era cancerígeno. Marie recolheu-se para se tratar. Durante esse período complicado de sua vida, toneladas de mensagens, cartas, cartões e flores do mundo todo chegavam até ela como forma de estímulo
Em 31 de janeiro de 2003, Marie juntamente com Per Gessle receberam da Sua majestade o Rei Karl Gustaf XVI, a medalha do Rei pelos feitos mundiais alcançados pelo trabalho com os Roxette.
Em recente entrevista, Marie revelou o quão orgulhosa estava desse feito, o qual nunca imaginara que pudesse ocorrer
Marie Fredriksson continua seu trabalho tanto como musicista quanto como desenhista. No entanto, ela ainda não está plenamente recuperada dos danos causados em seu cérebro pelo câncer, e não se sabe se ela voltará à estressante rotina de gravações, entrevistas e turnês. Exceto por algumas aparições ocasionais, Marie atualmente dedica seus dias ao desenho e a fazer companhia ao seu marido, Mikael Bolyos, e seus dois filhos, Inez Josefin e Oscar Mikael.
Fonte:http://www.acores.net/forum/viewtopic.php?t=527&sid=9e0e669e71379b10d823b3264dff8c59
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