quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Creed


Diferente de bandas que demoram anos para atingir o reconhecimento, o Creed, já em seu primeiro trabalho, intitulado “My Own Prison”, obteve um grande sucesso. O álbum vendeu 30.000 cópias em apenas uma semana, surpreendendo crítica e público.

A formação da banda também foi inusitada. Tudo aconteceu porque Scott Stapp (vocal), após um problema em uma faculdade no Tennessee, decidiu se mudar para Talahassee, Flórida (1995), terra de Jim Morrison – um de seus maiores ídolos.


Uma semana depois de ter chegado, Stapp se encontrou com Mark Tremonti (guitarra), um amigo de longa data, e os dois começaram a tocar juntos. A primeira sugestão para o terceiro integrante da banda seria um amigo de Scott, que foi descartado rapidamente. Porém, muito antes da falta de um baterista tornar-se um problema, Scott Phillips, que estava morando no lugar do ensaio, tocou com Tremonti uma música do Living Colour, e pronto… lá estava o terceiro integrante da banda. Brian Marshall (baixo) se uniu ao grupo um tempo depois, quando sua antiga banda acabou.

Após inúmeras apresentações pelos bares de Talahassee, tocando covers, os rapazes decidiram investir em suas próprias músicas, registrando-as. Pode-se dizer que esse foi o marco inicial da história da banda.

Com algumas músicas e um promoter local interessado em ajudá-los, “My Own Prison” (que se tornaria a faixa-título do primeiro cd) foi levada para uma estação de rádio; o diretor do programa a adorou e, na semana seguinte, a canção já era a mais pedida pelo telefone. Em dois meses, o Creed vendeu 5.000 cópias por Talahassee, Tampa e Orlando. Conclusão: as gravadoras começaram a aparecer, mas o grupo preferiu assinar contrato com o selo independente récem-lançado “Wind Up” (distribuído pela BMG). A primeira providência da gravadora foi remixar o álbum (o Creed foi o primeira contratação do selo).

Os comentários sobre o cd são praticamente os mesmos: o som é pesado se comparado às bandas da região, que tocavam um rock comercial com tendências pop. Nas letras, sempre há uma referência religiosa, espiritual ou um questionamento sobre convicções - o que não é de se estranhar, já que Stapp é filho de um pastor. E alavancando todo esse sucesso estão os hits “Torn”, “My Own Prison” e “What's This Life For”, que chegaram ao topo da parada de rock da Billboard.

Alguns críticos mais afoitos encaram o Creed como “neo-grunge”, ou mesmo uma “imitação” de bandas de Seattle, como Pearl Jam e Nirvana, entre outras. Stapp se defende: "Se imitamos o Pearl Jam, por que nosso primeiro álbum vendeu três vezes mais que o mais recente disco deles?". Comentários a parte, isso acaba fazendo parte do marketing da banda.

Sua primeira excursão pela Europa foi durante o verão de 1999. Sua apresentação com remanescentes do The Doors no revival do Woodstock foi arrasadora, levando ao delírio cerca de 200.000 mil pessoas.

Em 28 de setembro de 1999, apesar do álbum de estréia ainda estar bem nas paradas, o grupo lança “Human Clay” (o cd entrou direto na primeira posição do Top 200 e permaneceu durante duas semanas consecutivas na Billboard), produzido por John Kurzweg - o mesmo de “My Own Prison”. O primeiro single, “Higher”, o qual a banda diz ser "uma utopia sobre sonhar com um mundo perfeito", é a quarta música do grupo a chegar ao primeiro lugar da parada de rock. “With Arms Wide Open” está no mesmo caminho, com repetidas veiculações na MTV americana - o clip não sai do Top 10 e a música já desponta entre as primeiras na Billboard.

A banda ainda gravou “Bound & Tied” para a trilha sonora do filme “Dead Man On Campus” - uma comédia de humor negro realizada pela MTV (Agosto, 1998) e um cover do Alice Cooper, “I’m Eighteen”, para a trilha sonora do filme “The Faculty” (A Prova Final).

Em novembro de 2001 foi lançado o Album "Weathered". A expectativa pelo lançamento era tanta que o álbum bateu récordes por semanas consecutivas na 1ª posição da Billboard. Seu 1º single "My Sacrifice" foi parar na 1ª posição das rádios. O 2º single foi "One Last Breath", que seguiu carreira semelhante.

Em 2004, com apenas três álbuns lançados e impressionantes mais de 25 milhões de cópias vendidas, a banda anuncia seu fim devido a falta de interesses em comum. Mark Tremonti, Myles Kennedy, Scot Phillips e Brian Marshall montam uma nova banda chamada Alter Bridge (praticamente uma formação do Creed sem o vocalista original) enquanto Scott Stapp segue em carreira solo.

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