
O número de artistas e bandas que vieram tocar no país subiu 75% -262 em 2011 contra 149 no ano passado.
Para Leo Ganem, presidente da GEO Eventos, uma das cinco maiores produtoras de shows internacionais no país, esse aumento não se repetirá em 2012.
"Até porque você começa a ficar limitado no número de atrações. Não tem mais tempo para encaixar show no calendário nem tantos artistas inéditos por aqui", declara o empresário.
Ele está certo. A Folha levantou que poucos nomes realmente relevantes no cenário do pop e do rock deixaram de vir ao país este ano.
Oito deles, da diva do novo soul Adele à fúria juvenil do Vaccines, já têm apresentações no país em 2012, entre shows confirmados e boataria pesada.

A galeria de artistas que vieram ao Brasil em 2011 -mais os que estiveram aqui no final de 2010 nos festivais Planeta Terra e SWU (como Kings of Leon e Smashing Pumpkins)- contempla os principais nomes da cena.
Sem balanços anuais fechados e com muitos shows pulverizados em produtoras pequenas, há apenas estimativas do quanto esses eventos movimentaram de dinheiro.
"Podemos pensar em R$ 600 milhões arrecadados em venda de ingressos. É uma conta simples: 2 milhões de pessoas pagando, em média, R$ 300 por entrada", estima Ganem.
Uma conta mais complexa, ainda por fazer pelas produtoras, revelaria o incremento no faturamento com shows no país em relação a 2010.

Estima-se, no entanto, que a arrecadação com atrações musicais estrangeiras tenha crescido 50% em relação ao ano passado, mas os números finais demoram alguns meses para serem fechados.

A cantora italiana Laura Pausini, que vem a São Paulo para três shows em janeiro, disse à Folha que "Brasil, Chile, África do Sul e países da Ásia são os mercados mais interessantes hoje".
Segundo ela, Estados Unidos e Europa, em crise, têm menos demanda hoje. "Vou fazer uma turnê europeia cantando em lugares muito menores do que antes. É preciso viajar mais agora."
Ashley Healy, que agencia os shows do Coldplay, diz que o número de apresentações das bandas vem crescendo nos últimos três anos.
"A maior parte da renda do artista vem dos shows, há muito superou o que se arrecadava com discos. E vamos atrás de shows em lugares diferentes. O Brasil é um destino óbvio", diz.

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