Saul Hudson, mais conhecido por seu nome artístico Slash (Stoke-on-Trent, Inglaterra - 23 de Julho de 1965), é um dos mais notáveis guitarristas em atuação e considerável na história do rock. Tornou-se mundialmente conhecido por fazer parte do Guns N’ Roses. Foi um dos maiores ícones da juventude no começo dos anos 90, quando a banda estourou no mundo inteiro.
Seu álbum, Slash, foi lançado em 31 de Março de 2010. Atualmente, investe em seu trabalho solo com diversas participações de artistas em suas músicas.Reza a lenda que ele foi fazer uma audição para a banda americana Poison e, apesar de todos gostarem do que tocou, não foi admitido porque era feio demais.
Acabou indo tocar no Guns N’ Roses, banda que, alguns anos depois, se tornaria uma das mais importantes do cenário do rock mundial.Apesar de não ser considerado um guitarrista muito técnico (por não usar técnicas como o Sweep Picking e o Tapping, entre outras), tem um “feeling” único e seu senso melódico e é facilmente reconhecível. Seus riffs marcantes e solos instrumentais foram fundamentais para o reconhecimento do Guns n’ Roses e o grande sucesso que a banda teve à época.Sobre o riff de Sweet Child O’Mine, certa vez comentou: “Estava brincando com a guitarra e toquei aquele riff sem a menor intenção de fazer uma música com ele, foi quando alguém ouviu e disse: Hey, repita isso!. Acabou virando uma música e é engraçado ver que uma brincadeira acabou se tornando nosso maior hit, já que muitas músicas sérias que compomos as pessoas não dão a menor bola.”Após sua saída do Guns em 1996, tocou com vários artistas, entre eles Eric Clapton, Iggy Pop, Michael Jackson, Lenny Kravitz e Rod Stewart.EstiloSuas escalas mais usadas são a pentatônica menor e a menor natural.Como não conhece escalas (ele mesmo disse isso) em frases rápidas, costuma usar digitações simétricas.Muitos bends e poucos harmônicos. EquipamentoPossui várias guitarras (mais de 100), mas as que ele mais usa em gravações e shows são as Gibson Les Paul com captadores Seymour Duncan Alnico e aomplificadores Marshall de 100 watts. Eventualmente, usa um wah-wah.CuriosidadesUm dia, antes dum dos seus concertos, teve que atravessar L.A. e quando chegou ao recinto as portas já estavam fechadas. Teve que saltar uma vedação, mas quando estava a saltar o botão das calças ficou preso e saltou. Como ele diz que nunca foi pessoa de usar roupa interior teve que ter cuidado o concerto todo para ver se não saia nada do sitio.Logo após de ter acabado de fazer reabilitação (depois de ter tipo um ataque cardiaco devido ao abuso de drogas e excesso de alcool), voltou de novo as drogas desta vez para deixa-las a sua maneira pois como ele diz:
“Eu sempre tive que fazer as coisas a minha maneira, toco guitarra a minha maneira, aproximei-me das margens mais perigosas da vida a minha maneira e ainda cá estou se mereço ou nao estar isso e outra história.”Foi-lhe dito pelo médico que tinha 6 meses de vida já se passaram 8 anos desde então.Sua primeira guitarra foi lhe dada pela sua avó que a tinha lá em casa.(Informação retirada de seu livro SLASH).
pedaço da biografia de slash em livro:
“Se você nunca imaginou como é o som de uma banda se separando, ouça a cover de Sympathy for the Devil, que foi gravada pelo Guns para a trilha sonora de Entrevista com o Vampiro, no inverno de 1994. Se há uma faixa do Guns que eu não gosto de ouvir de novo, é essa”, ele conta, a certa altura.
Apesar da barra-pesada, as memórias do guitarrista estão longe de se constituírem numa espécie de muro de lamentações. Falando sobre a separação dos Guns, por exemplo, ele não tenta explicar ou analisar o comportamento de Axl Rose, que levou a banda à ruptura, nem sequer mostra raiva ou ressentimento com o ex-parceiro.Chama a atenção uma sensação de desperdício intenso – não só de energia, de humanidade, mas a forma como se gasta dinheiro no show biz. Slash confessa, ao final, que só permanecia no Guns porque a banda financiava as turnês de seu projeto paralelo, Snakepit.Não há vilões, apenas confusão. Bom, talvez um vilão: Doug, o empresário. “Nosso erro foi nunca atentar para o custo dos gastos de Doug, com certeza. Na minha cabeça, eu sabia que descolar um iate ou fechar um restaurante não era algo que vinha de graça, mas ao mesmo tempo eu não dizia nada porque aqueles eventos pareciam manter o status quo. (...) Doug estava tão perto do rabo de Axl naquele ponto que Doug antevia o que quer que Axl estivesse a fim de, claro como cristal”.Um trecho, que trata de um certo dia, 24 de setembro de 1992:“Fui para o show e topei com uma velha amiga, uma atriz pornô que nós vamos chamar aqui de Lucky, que conheci alguns anos antes. Ela era uma amiga de uma ex-namorada minha, a atriz pornô Savannah, que eu namorei um tempo em Los Angeles quando me separei de Renee. Savannah era intensa. Eu não tinha idéia que ela era uma viciada. A pista que tive foi que ela só gostava de foder quando estava ligadona. Eu não sabia disso naquela época. Nós tivemos uma briga feia uma noite quando ela espontaneamente resolveu me fazer um boquete enquanto estávamos no meio de algum bar em Nova York.Encontrei Lucky pela primeira vez quando ela veio encontrar com a gente no Mondrian. Ela e Savannah tinham feito strip-tease juntas, e quando nós pedimos champanhe elas convidaram o rapaz do serviço de quarto para entrar e vê-las tirar a roupa.
Bom, eu topei com Lucky no show e conversamos. Dei a Lucky passes de bastidores e cerca de 700 paus para ela me trazer toda a heroína que conseguisse achar. Fizemos o show – que foi bacana – e então fui direto para o meu quarto de hotel e esperei. Me mantive bebendo o tempo todo, talvez tenha dado uma cafungada, mas quando ela chegou por volta das 5 da matina, eu já estava bem pronto para a coisa.Lucky e o namorado dela chegaram com todo aquele crack e o bagulho e eu fiquei sentado no chão olhando enquanto eles desenrolavam todas aquelas drogas na mesinha. Eles tinham tudo, e mais agulhas novinhas. Nós nos drogamos direto e reto, os três. Era para ser uma divertida coisa ilícita – momentânea, como eu planejara –, mas foi ficando intensa. Demos um pico, mas a merda não estava forte, então eu fiz mais um. Eles iam queimando o cachimbo de crack.As horas passaram e nós estávamos ligadões. Matt me chamou em algum momento da manhã e me convitou para ir ao seu quarto para uma cafungada. “Okay, yeah, já tô chegando aí”.Levantei, joelhos bambeando, tonto do meu último pico, e dei uma olhada para Lucky e seu namorado; eles estavam tendo o momento de suas vidas, nunca tiveram uma montanha de drogas como aquela de graça. Caminhei pelo carpete, me dando conta que mal podia falar. Abri a porta; não tenho memória de mim nesse ponto. Vi uma camareira no corredor empurrando seu carrinho de housekeeping e perguntei a ela qual o caminho para o elevador. Foi o que tentei dizer. Me lembro de tudo em câmera lenta; lembro de ouvir minha voz falando lá adiante.Eu desabei como uma boneca de pano no corredor. Tudo ficou preto, e meu coração parou durante oito minutos, foi o que me disseram. Não sei quem chamou o 911. Meu guarda de segurança, Ronnie, estava lá e havia também Earl, o guarda-costas do Axl, e eles cuidaram de mim e trouxeram os paramédicos. Acordei com os desfibriladores mandando um choque elétrico no meu peito e fazendo meu coração bater de novo. Era como se eu estivesse sendo estapeado na cara tão fortemente que aquilo poderia te botar num sono profundo. Lembro das luzes brilhantes no meu rosto e um círculo de pessoas em minha volta: Ronnie, Earl, os paramédicos. Não tinha idéia do que se passava; não era uma chamada de despertar tão fácil.Fui posto numa ambulância e levado ao hospital. Me disseram para passar a noite ali para observação, mas eu não queria. Depois de duas horas, assinei minha alta e voltei para o hotel com Ronnie. Não tinha remorso de minha overdose, mas tava puto comigo mesmo por quase ter morrido.”Este trecho se passa em 1989, logo após o fim da turnê do "Appettite For Destruction", época em que o guitarrista do GUNS N' ROSES e VELVET REVOLVER estava afundado em heroína e cocaína:"Era 1989; uma vez que a última parte da tour para promover o 'Apetite For Destruction' tinha acabado, eu estava de volta a Los Angeles realmente sem ter o que fazer e desconfortável; pela primeira vez em dois anos eu não tinha um lugar pré-determinado para estar, sem emprego, nada pra fazer quando eu acordasse. Eu tinha estado fora por tanto tempo que nada me satisfazia e todas as coisas cotidianas da vida pareciam estranhas pra mim. Eu não tinha certeza de como ou quando eu deveria ir até o supermercado fazer compras depois de ter tocado em lugares grandes no Japão uma semana antes. Eu havia estado em turnê por tempo suficiente para esquecer que houve uma época em que eu mesmo comprava minha bebida e meus cigarros, e o que eu não conseguia largar era a excitação de tocar toda noite"."Izzy [Stradlin, guitarra-base do Guns N'Roses] me ligou e fomos até a casa de um amigo de um amigo a quem chamaremos de Bill. A gente tinha provado heroína na Austrália, então a fissura já tinha batido quando chegamos em casa. Além disso, depois de dois anos excursionando, subconscientemente, nós sentíamos que merecíamos isso. De qualquer modo, Bill curtia drogas e sempre tinha muito de todo tipo; ele também era muito generoso. Quando você começa a ficar famoso e tudo mais, algumas coisas típicas começam a acontecer: em Hollywood, se você está num bar, todo mundo quer te pagar uma bebida, você pode entrar em qualquer casa noturna; goste você ou não, você se torna uma figurinha da vida noturna. Quando isso começou a acontecer conosco, não havia nada menos interessante que eu imaginasse que pudesse fazer com meu tempo. Aquela cena de Hollywood era a mesma merda de sempre, e quanto mais reconhecido eu ficava, menos eu gostava disso. O monte de ‘amigos´ que queriam ‘curtir’ comigo tinha quadruplicado, então eu me tornei completamente insular; olhando agora pra tudo aquilo, faz todo sentido na época eu optar por seguir para uma sedutora zona de conforto com a heroína. Eu não queria ir a casas de strip-tease ou procurar gostosas ou exercitar, de qualquer outro modo, meu recém-descoberto status. Tudo que eu queria fazer era dar um tempo na casa do Bill e me chapar. Isso acabou virando uma longa e atormentadora obsessão pela heroína, que durou de 1989 até 1991"."Eu passei por uma interessante sucessão de namoradas nessa época; apenas um punhado delas eu via na minha casa, cada uma em noites diferentes. Em algum ponto durante esses meses meu empresário teve a brilhante idéia de que eu apresentasse um prêmio pra não sei quem no MTV Music Video Awards. Eu nem lembro pra quem nós demos o prêmio, mas minha co-apresentadora era Traci Lords, a estrela pornô, então nós nos encontramos na coxia e começamos a namorar imediatamente. Eu estava numa situação estranha; eu era levemente famoso, eu era infame, mas eu ainda estava preso numa mentalidade restrita e limitada em termos de qualidade de vida. Naquela época, eu podia ter 15 milhões de dólares no banco, mas não mudava o meu estilo de vida nem um pouco; eu não tinha um carro, eu estava feliz em ter meu apartamento de um quarto que parecia um quarto de hotel normal, e não precisava de mais nada – era aí que estava minha cabeça. Ao mesmo tempo, eu sabia ser um cavalheiro, que é exatamente o que Traci Lords procurava num encontro""Mas Traci não queria saber de ser vista em público comigo; se fôssemos a qualquer lugar onde qualquer um pudesse estar prestando atenção, ela me fazia pagar um mico desgraçado fazendo eu entrar depois dela e encontrá-la lá dentro, como se fosse por acidente.
Obviamente, eu era reconhecível, então ela sempre insistia que entrássemos por alguma porta de serviço num beco escuro. Pelo que eu entendo, ela queria ficar anônima porque não queria ser tida por uma groupie vagabunda ou uma das garotas do mundo pornô que caras como eu saíam. Eu nunca fui um desses caras que julgavam as pessoas por esse tipo de coisa e nunca entendi os que eram; na verdade, a única razão pela qual eu sabia quem era ela foi tê-la visto nesse filme onde ela tava se curvando pra frente e segurando os próprios tornozelos e ela estava linda. Eu realmente valorizava isso, então eu achava que todo mundo valorizaria isso também. Eu não sacava qual era a dela"."Claro, uma vez que eu comecei a sair com ela, meu amigo West Arkeen trouxe uma cópia de 'New Wave Hookers' [famoso filme pornô de Lords] pra que a gente desse uma olhada. Foi muito divertido, mas meio que uma provocação porque eu e Traci ainda não tínhamos dormido juntos. Nossa relação estava deixando de valer a pena por causa da aporrinhação"."Traci tinha me ligado uma semana pra fazer planos e naquele dia West colou na minha casa com uma baita cara de Crack. A gente ficou acordado pelos dois dias seguintes e quando Traci chegou pra sair comigo, West e eu estávamos tão chapados que rastejávamos pelo chão procurando pedrinhas. Eu sabia que ela viria, mas eu não conseguia evitar: nós estávamos zoados; a única pessoa que ficaria numa boa com aquilo seria uma puta de rua viciada. Minha casa estava um chiqueiro em todos os aspectos e não ajudou muito que West estivesse lá como um pigmeu assentado: ele só tinha 1,60m e tinha um cabelo loiro liso que estava bem ensebado após dois dias fumando crack.West sempre tinha esse risinho bobo na cara que foi se tornando mais e mais perturbador com o passar dos anos"."Nessa tarde em particular ele estava tão louco que deu em cima de Traci na cara dura!. Ele estava tão chapado que não pensou duas vezes antes de ir pruma estante minha, pegar o video de 'New Wave Hookers' e apontar pra capa, dizendo: 'Essa aqui é você, né? Você é a Traci Lords!', ele dizia rindo pra ela, que por sua vez, deu uma olhada no lugar. `Já volto,´ ela disse com aquela vozinha. `Eu esqueci uma coisa no meu carro´ 'Claro, vai lá,' eu disse. `Daí a gente sai´, eu estava doido, e não com muita noção de tempo, mas logo me dei conta que ela já tinha ido há muito tempo e não iria voltar"."Acabei por fazer o que qualquer um com dinheiro deveria fazer após morar de aluguel por um tempo: comprei uma casa do jeito que meu empresário financeiro me disse pra fazer. Eu nem tinha noção de como seria meu futuro ou de como tomar conta das minhas finanças; eu não tinha aspirações mentais. Não gastava muito com nada naquele ponto; dinheiro ainda era um conceito abstrato pra mim. Eu achei uma casa logo no fim de Laurel Canyon, que sempre tinha sido conhecida como a Walnut House. Eu estava bem fora de controle na época. Eu lembro de encontrar o cara da construtora pra falar sobre reformar meu banheiro e pensar que se eu batesse umas carreiras seria uma boa maneira de se quebrar o gelo. Ele e eu ficamos no banheiro e ele me conduziu através da porta que precisava ser feita. `Sim, sim, legal, cara,´ eu disse. Eu baixei a tampa do vaso e bati quatro taturanas de coca. `Quer uma?´ Ele parecia realmente desconfortável. `Não, não, obrigado. Estou de serviço´, ele disse. `OK, sem erro,´ eu disse. `Vou cheirar a sua então´. `Não é só isso, é que são oito horas da manhã´, ele disse sorrindo e desculpando-se"."Naquele instante eu virei todo clichê do pesadelo que aquele cara já tinha ouvido falar sobre astros do rock, empacotados num só – ainda mais porque ele tinha sido contratado para transformar meu banheiro extra e sua baita hidro num viveiro de cobras que tomava um quarto do cômodo. Ele iria construir paredes de vidro do chão até o teto pra rodear a banheira, que era elevada, e por um conjunto de escadas de vidro pra que fosse possível ver minhas cobras, seja lá onde elas estivessem. Eu mal podia esperar pra encher aquilo e árvores e tudo mais que as cobras gostam. Na Walnut House eu mantive 90 cobras e répteis"
livro
Nenhum comentário:
Postar um comentário