O Silverchair, banda australiana que tem o seu estilo próprio e variando, começou em 1992, quando os integrantes tinham mais ou menos 13 anos. Eles já se conheciam há muito tempo, porém só quando atingiram essa idade resolveram formar a banda. "Já estávamos cheios de festinhas, praias, discotecas... queríamos algo para fazer... estávamos entendiados", disseram.
No começo, a banda se chamava "Innocent Criminals", contava com um segundo guitarrista, Tobin Finnane, e ensaiavam na garagem da família de Ben (baterista). No primeiro ensaio, era tudo uma bagunça: Tobin esporrando a guitarra, Ben batendo o mais pesado e o mais rápido que podia, Chris fazendo simples linhas de baixo e Daniel, que sabia que alguém teria que cantar, só gritava. “Ficou uma merda, mas na época achamos que tinha ficado bom”, diz o tímido garoto.
Certo dia, uma vizinha de Daniel, Sarah Lawson, o avisou de um concurso que a rádio local Triple J estava fazendo. A banda vencedora ganharia a gravação de um CD, um videoclipe e teria a exibição de sua música na rádio. Então, os jovens garotos pagaram por um estúdio e gravaram "Tomorrow", que naquela época tinha seis minutos e uma gravação muito ruim.
A demo de "Tomorrow" chegou entre os finalistas (bom ressaltar que eram MAIS DE 800 DEMOTAPES ). Um dos jurados, Nick Launay, a mixou corretamente, e ela foi a vencedora unânime. Felizes, os garotos gravaram um clipe para "Tomorrow" e um EP contendo quatro músicas ("Acid Rain", "Tomorrow", "Blind" e "Stoned"), dessa vez sem Tobin, que tivera que se mudar para a Inglaterra.
A Triple J tocou "Tomorrow" uma vez e de repente, milhares de pessoas começaram a ligar e pedir a música mais e mais. Pouco depois, eles assinam contrato com a Murmur, divisão australiana da Sony. Lançam o CD "Frogstomp", e várias músicas viram hits, como "Israel’s Son", "Pure Massacre" e, é claro, "Tomorrow". O CD foi gravado com apenas AU$15.000, mas rendeu mais de 1 milhão para cada integrante da banda. Sua vendagem foi muito alta: cerca de 3 milhões de CD’s foram vendidos pelo mundo inteiro.
As comparações com o Nirvana e o Pearl Jam eram muitas, e Daniel também era muito comparado com Kurt Cobain, odiando isso: "Kurt não era nem um ídolo para mim", diz. Começaram uma turnê mundial acompanhados pelos pais, pois eram menores de idade. Além dos pais, também levaram um professor particular, Jim Welsh.
Começaram uma turnê mundial acompanhados pelos pais, pois eram menores de idade. Além dos pais, também levaram um professor particular, Jim Welsh. Descansados, gravaram o CD "Freak Show", que com certeza firmou a escolha do som dos garotos. Este CD contém músicas como "Freak", "Slave" e "Learn To Hate", e inovadoras, como "Petrol And Chlorine" e "Cemetery", que tem instrumentos indianos e violinos na mistura. Era o silverchair criando um novo estilo dentro de seu próprio e sendo uma banda única, incomparável. A turnê de "Freak Show" foi bem curta, e a maioria dos shows ocorreu no país natal dos garotos, a Austrália.
Voltando de um longo e extenso break, os rapazes lançaram o álbum "Neon Ballroom", com uma participação especial de David Helfgott, pianista que inspirou o filme "Shine" ("Brilhante"), na música "Emotion Sickness". Algumas das músicas são: "Anna’s Song", "Steam Will Rise", "Spawn Again" (um re-trabalho da ótima música "Spawn" com nova letra ), "Anthem For The Year 2000" (com a participação de um coral e do guitarrista Jim Moginie, do Midnight Oil), "Satin Sheets", "Miss You Love", "Paint Pastell Princess" (uma música `a la Led Zeppelin) e "Punk Song # 3" (este nome não é oficial).
No final de 2000, tendo cumprido seu acordo de três álbuns com a Sony, o Silverchair assinou um novo contrato com a Atlantic Records. No início de 2001 fizeram o seu maior show, para uma audiência de mais de duzentas mil pessoas, no último dia do Rock In Rio III, na noite em que se apresentaria o Red hot Chili Peppers.
Os tempos porém não eram bons para a banda. O vocalista Daniel Johns foi diagnosticado como portador de um tipo raro de artrite que impedia que ele se movimentasse ou tocasse guitarra, o que levou ao cancelamento da turnê européia. Para piorar as coisas, durante o tratamento o vocalista terminou ficando dependente de mais de uma dezena de analgésicos e antidepressivos. Com tratamentos alternativos, a sua recuperação foi lenta.
No meio tempo da doença de Daniel saiu o o álbum "Diorama", produzido por David Bottrill (responsável entre outros por produções do Tool, Peter Gabriel e King Crimson), em junho de 2002.
Em 2005, eles voltam aos palcos e desde então a banda tem feito inúmeros shows pela Austrália, Europa e América do Norte. O último lançamento da banda é álbum intitutlado "Young Modern", lançado em 2007. Os hits de destaque são: Straight Lines, Reflections of a Sound e If you keep loosing sleep. O álbum foi muito bem aceito pelo publico e crítica especializa e está trazendo um ótimo retorno comercial para a banda. Discografia 1995 - Frogstomp 1997 - Freak Show 1999 - Neon Ballroom 2002 - Diorama 2007 - Young Modern.
O álbum foi lançado em 2007, bem como o primeiro compacto, "Straight Lines". "Reflections of a Sound", "If You Keep Losing Sleep" e "Mind Reader" foram lançados subseqüentemente. Young Modern tornou-se o quinto álbum do Silverchair a chegar no topo da parada da ARIA."Straight Lines" também tornou-se o terceiro compacto da banda a atingir o topo na Austrália.O álbum e a canção ganharam, cada, três prêmios no ARIA Awardsde 2007, resultando num total de vinte prêmios para a banda.O Silverchair ganhou três APRA Awards pela canção "Straight Lines", incluindo "Compositor do Ano", a qual Johns recebeu pela terceira vez em sua carreira.
Formação:
- Daniel Johns - vocal e guitarra
- Chris Joannou - baixo
- Ben Gillies - bateria
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